sexta-feira, 19 de abril de 2024

Portos chineses consolidam em 2023 liderança e controle do mercado mundial


Os portos da China reforçaram o seu domínio no mercado global em 2023, ao representarem 51% do movimento de contêineres dos 30 principais portos do mundo (em 2022 representaram 49%), registrando outro ano forte de crescimento e Qingdao (foto) teve o maior aumento de todos, movimentando cerca de 30 Mteu no ano passado  e competindo agora com Shenzhen pela posição de quarto maior porto de contêineres do mundo. de acordo com o ranking Top 30, divulgado recentemente pela Alphaliner.

Entretanto, o maior porto de contêineres do Médio Oriente, Dubai/Jebel Ali, entrou mais uma vez no ranking dos 10 principais portos de contentores em nível mundial, ultrapassando o maior porto da Europa e demonstrando a magnitude da crise econômica na Europa. Além disso, como previu a Alphaliner, estava à frente de Hong Kong, que registrou o sétimo ano consecutivo de declínios de volume e que perdeu um terço da sua movimentação de contentores na última década.

O complexo também ultrapassou Roterdã, que havia superado Dubai em 2019, mas perdeu 7% no volume de contêineres em 2023, somando-se à queda de 6% em 2022. O porto holandês foi atingido pela perda quase total de carga russa e por uma contração significativa em procura dos consumidores europeus. Os volumes estão agora 9% abaixo dos níveis de 2019. Antuérpia-Bruges e Hamburgo (a segunda e terceira maiores da Europa), também perderam 7% dos seus volumes durante o ano, embora, ao contrário de Hamburgo, a fusão de Antuérpia com Zeebrugge em abril de 2022 tenha permitido que permanecesse acima dos níveis de 2019.

No geral, os 30 principais portos registraram um crescimento médio de 1,7% ao longo do ano, uma melhoria em relação a 2022. Destaca-se também o porto indiano de Mundra, que avançou duas posições à frente de Colombo e Jacarta. Agora restabeleceu-se firmemente como o principal porto da Índia. Embora Nhava Sheva tenha se aproximado dos 500.000 TEU da Mundra em 2022 e apresentado um crescimento mais acentuado nesse ano, alcançou um crescimento de volume de “apenas” 6,6% em 2023, em comparação com os 11,2% da Mundra.

Por outro lado, o Porto de Nova Iorque/Nova Jersey foi o maior perdedor em 2023, com o desempenho caindo quase 18% em termos homólogos, de 9,5 Mteu para 7,7 Mteu. O porto caiu quatro posições no ranking, passando para o 21º lugar, ante o 17º lugar em 2022. Mas não foi o único nos EUA: Los Angeles, Long Beach e o porto de Savannah, na costa leste, classificados entre os 30 primeiros durante a pandemia, viram o desempenho cair ano após ano -13%, -12% e - 16% respectivamente.

O Top 10 e o percentual de crescimento 2023-2022 foram configurados da seguinte forma: 1) Xangai: (China) 49,1 MTEUs (13,5%); 2) Singapura: (Singapura), 39,0 MTEUs (4,9%); 3) Ningbo-Zhoushan: (China), 35,3 MTEU (28,2%); 4) Qingdao: (China) 30,0 MTEU (16,9%); 5) Shenzhen: (China); 29,9 MTEU (16,0%) 6) Guanzhou: (China) 25,0 MTEU (1,8%); 7) Busan: (Coreia do Sul) 23,1 MTUs (24,9%); 8) Tianjin: (China) 22,1 MTEU (5,4%); 9) LA/LB: (EUA) 16,6 MTEU; 10) Dubai Jebel/Ali: (EUA) 14,4 MTEUs (2,6%).

Mapa recebe comitiva de Camarões para tratar de cooperação visando a revitalização da cacauicultura

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) recebeu visita de delegação da República dos Camarões nessa semana A comitiva foi recepcionada por representantes da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) com o objetivo de articular um acordo de cooperação para revitalização da cacauicultura. Foram debatidas a possibilidade de intercâmbio de material genético melhorado, a adoção de boas práticas agrícolas, além de um modelo de gestão focado em parcerias com governos municipais e estaduais para capacitação de técnicos e mão-de-obra.

A comitiva camaronesa, conduzida pelo embaixador Martin Mbeng, apresentou propostas e conheceu iniciativas da Ceplac. Na oportunidade, foram discutidos aspectos fundamentais para a melhoria da produção de cacau, incluindo técnicas avançadas de cultivo, manejo sustentável dos recursos naturais e formas de fortalecer a cadeia produtiva. As autoridades retomaram, também, as discussões com a Sociedade de Desenvolvimento da Cacauicultura, de Camarões, para ampliar a troca de conhecimentos entre os países, impulsionar a produção do fruto de qualidade e promover o desenvolvimento socioeconômico das regiões envolvidas.

Segundo a diretora da Ceplac, Lucimara Chiari, a expectativa é que essa parceria traga benefícios significativos para ambos os países e contribua para o fortalecimento do setor cacaueiro. “A Ceplac se mostra otimista em relação às possibilidades de cooperação com Camarões e reafirma seu compromisso em promover a sustentabilidade e a excelência na produção de cacau, visando o bem-estar dos produtores e a preservação do meio ambiente”, declarou. Após a reunião na sede da Ceplac, em Brasília (DF), a comitiva seguiu para uma visita à unidade de Ilhéus (BA), onde a programação inclui reuniões e visitas técnicas para aprofundar as discussões e estabelecer os termos do acordo de cooperação.

 

Audiência pública para arrendamento de terminal MCP01 em Santos será no começo de maio

A Audiência Pública nº 07/2024, voltada ao recebimento de contribuições, subsídios e sugestões para o aprimoramento dos documentos técnicos e jurídicos relativos à realização de certame licitatório para o arrendamento do terminal MCP01, vai ser realizada no próximo dia 06 de maio de 2024 pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ).

A sessão virtual do terminal, que fica localizado no Porto de Santana (AP), tem início às 14h30 e será transmitida ao vivo, gravada e disponibilizada no canal da ANTAQ no YouTube. Não é necessária inscrição para assistir à Audiência Pública.

A área vai movimentar e armazenar granéis sólidos vegetais, especialmente cavaco de madeira. Ao todo o objetivo é que sejam investidos R$ 84,6 milhões durante os 25 anos de contrato. 

Dinâmica da audiência

Os interessados em se manifestar devem se inscrever pelo aplicativo de mensagens "Whatsapp" no número (61) 2029-6940, podendo enviar sua contribuição por vídeo, áudio ou até mesmo por escrito. O período de inscrição será das 9h às 15h do dia 03 de maio de 2024.

Também poderão se manifestar entrando na sala de reunião criada no aplicativo "Teams". Para isso, no ato de inscrição, o interessado deverá se manifestar nesse sentido e encaminhar seu endereço eletrônico de login no "Teams" para ser convidado a entrar na sala na sua vez.

Contribuições

O período de contribuições da consulta pública se estende até o dia 8 de maio de 2024, exclusivamente por meio e na forma do formulário eletrônico disponível no site da ANTAQ, não sendo aceitas contribuições enviadas por meio diverso.

Será permitido anexar imagens digitais, tais como mapas, plantas e fotos exclusivamente através do email: anexo_audiencia072024@antaq.gov.br mediante identificação do contribuinte e no prazo estipulado neste aviso. O envio do anexo em email não dispensa o envio da contribuição por escrito no formulário eletrônico.

Caso o interessado não disponha dos recursos necessários para o envio da contribuição por meio do formulário eletrônico, poderá fazê-lo utilizando o computador da Secretaria-Geral (SGE) desta Agência, em Brasília/DF, ou nas suas Unidades Regionais, cujos endereços se encontram disponíveis no sítio da ANTAQ.

 

Governadora diz na abertura da Fruit Attracion que Pernambuco tem capacidade para ser exportador de frutas de todo o Nordeste

A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, afirmou em São Paulo, na abertura da 16ª edição da 16ª edição da Fruit Attracion, que veio apresentar “os produtos e a nossa capacidade de infraestrutura para permitir que também se enxergue o nosso Estado como potencial distribuidor de toda produção que é feita no Nordeste brasileiro". Pela primeira vez realizada no Brasil, e uma das maiores feiras internacionais do setor de frutas e hortaliças do mundo, ela objetiva fortalecer a presença do país nesse segmento da economia. Pernambuco é um dos expositores e ocupa um estande com 170 metros quadrados.  

Ainda durante sua participação, a chefe do Executivo destacou a importância da realização do evento. “Uma feira como essa gera novas oportunidades de negócios, garantindo a possibilidade de abrir novas frutíferas agrícolas que já são possíveis a partir da transposição do rio São Francisco, além da diminuição do custo e da competitividade após a retomada das obras da Ferrovia Transnordestina que ligará o Sertão até o Porto de Suape, diminuindo todo custo de exportação”, concluiu a governadora.

No estande do Governo de Pernambuco, estão representantes do Porto de Suape, da Secretaria de Desenvolvimento Agrário, Agricultura, Pecuária e Pesca; do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA); do Centro de Abastecimento e Logística de Pernambuco (Ceasa) e da Agência de Desenvolvimento de Pernambuco (Adepe).

“A governadora acerta mais uma vez em colocar todo o seu corpo técnico para o crescimento da fruticultura, gerando emprego e renda, não somente para os exportadores, mas para o pequeno produtor das áreas irrigadas do São Francisco”, pontuou secretário de Desenvolvimento Agrário, Agricultura, Pecuária e Pesca, Cícero Moraes.

De acordo com o diretor-presidente da Adepe, André Teixeira Filho, o principal objetivo do Governo de Pernambuco é abrir novos caminhos para os produtores do Estado. “Já somos reconhecidos pela exportação de uvas e mangas produzidas às margens do rio São Francisco e temos um potencial incrível quando falamos em variedades como banana, coco, maracujá, melancia, abacaxi e goiaba, que se destinam ao mercado regional", detalhou.

Para o presidente da Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), Guilherme Coelho, a Fruit Attraction São Paulo é uma oportunidade única para mostrar ao mundo a pujança do setor frutícola brasileiro. “O Brasil é diferenciado pela sua vasta variedade de frutas, e pela qualidade e excelência na produção", ressaltou.

Sucesso na Europa há 15 anos, a feira desembarca no Brasil pela primeira vez. A Fruit Attraction é uma das marcas emblemáticas da IFEMA MADRID. No ano passado, em sua 15ª edição, reuniu mais de 103 mil profissionais de 145 países e 2 mil expositores de todo o mundo, tornando-se uma das grandes referências no calendário de feiras global.

Acompanharam a governadora o secretário de Comunicação, Rodolfo Costa Pinto); os secretários executivos Bruno França (Agricultura), Jackeline Rossiter (Planejamento e Acompanhamento da SDA) e Daniella Brito (Imprensa); além dos presidentes do IPA, Ellen Viégas; do Ceasa, Bruno Rodrigues; e do Porto de Suape, Marcio Guiot.

 

Escala em Navegantes da Rota Norte da Europa/Costa Leste da América do sul da MSC-Hapag Lloyd será cancelada temporariamente

O serviço Norte Europa – Costa Leste da América do Sul (ECSA) operado em conjunto pela MSC ('NWC to SAEC String 1') e Hapag-Lloyd ('Europe East Coast Express' - 'ECX') irá ignorar temporariamente o porto de Navegantes (SC), para manter a confiabilidade dos itinerários. Os contêineres de e para Navegantes serão transbordados no Rio de Janeiro.

O navio “LOG-IN RESILIENT”, de 2.714 TEUs, foi designado como o transportador semanal entre os dois portos, com a primeira saída do Rio prevista para 23 de abril. O serviço 'NWC to SAEC String 1' / 'ECX' será concluído em dez semanas com seis navios de 8.800 a 11.000 TEU implantados pela MSC e outras quatro unidades de 9.000 a 11.500 TEU fornecidas pela Hapag-Lloyd.

O itinerário revisado inclui escalas em Rotterdam, London Gateway, Hamburgo, Bremerhaven, Antuérpia, Sines, Rio de Janeiro, Santos, Itapoá, Buenos Aires, Montevidéu, Rio Grande, Paranaguá, Santos, Rio de Janeiro, Salvador, Rotterdam. A MSC foi o primeiro cliente do terminal de contêineres de Navegantes, que entrou em operação em novembro de 2007.

quinta-feira, 18 de abril de 2024

Comércio de commodities tenta se adaptar a um contexto global em constante mudança


O comércio de mercadorias desempenha um papel crucial em tempos de incerteza econômica e geopolítica, com um valor significativo de mais de 100 mil milhões de dólares em EBIT e mais de 150 mil milhões de dólares em margem bruta em 2023. Artigo da Mckinsey comenta que esse aumento no valor das matérias-primas atraiu novos concorrentes, gerando maior necessidade de liquidez e gestão de riscos. Isto poderia impulsionar a transição energética através de investimentos em tecnologias e produtos emergentes, contribuindo para os objetivos climáticos globais.

Além disso, embora os preços das matérias-primas tenham registado menos instabilidade, o comércio continua restritivo e as alterações na procura e na oferta são mais difíceis de prever. Petróleo bruto e produtos. Mesmo que a rentabilidade do petróleo bruto e dos produtos derivados tenha diminuído em 2023, continuam a ser o maior grupo de valor neste setor, com instabilidade significativa na sua disponibilidade física devido aos reajustamentos nos fluxos comerciais na sequência de acontecimentos como o conflito Rússia-Ucrânia e os ataques Houthi no Mar Vermelho.

Espera-se também um aumento no número de grandes players no comércio de petróleo, o que poderá intensificar a concorrência no mercado. As empresas petrolíferas nacionais e os comerciantes de petróleo tradicionais estão aumentando as suas capacidades comerciais, enquanto os operadores intermédios de menor escala poderão enfrentar dificuldades devido a restrições de capital e de risco.

No entanto, isto também poderia criar oportunidades para empresas especializadas, especialmente na petroquímica. Já na energia e no gás observa-se um aumento dos valores comerciais, com instabilidade persistente na Europa. A concorrência poderá aumentar com a expansão dos serviços públicos, das energias renováveis ​​e das empresas tecnológicas. O mercado de Gás Natural Liquefeito (GNL) continuou a crescer em 2023, mantendo a sua importância para a segurança energética na Europa.

A capacidade de importação desta energia aumentou significativamente, com um acréscimo de 40 mil milhões de metros cúbicos (bcm) em 2023. Em 2023, os setores metalúrgico e mineiro registraram um declínio na rentabilidade devido aos elevados custos de energia e à redução dos preços das matérias-primas a partir de 2022. Embora a produção de níquel tenha aumentado, especialmente na Indonésia, o crescimento do lítio foi moderado.

No futuro, espera-se que a mineração e os metais se tornem mais importantes devido ao aumento da procura impulsionado pela transição energética. Isto poderia criar novos poderes geopolíticos e alterar a dinâmica comercial. Espera-se que os grandes intervenientes na indústria mineira se envolvam em atividades mais comerciais, intensificando a concorrência. Ao mesmo tempo, o mercado de metais menores, como o cobalto, está a crescer, oferecendo novas oportunidades para comerciantes focados em dados.

Por exemplo, prevê-se um aumento na procura de urânio nos próximos anos para satisfazer a necessidade de energia nuclear no cabaz energético limpo.  A interligação entre os mercados de matérias-primas, especialmente no domínio da energia, aumentou consideravelmente. A Mckinsey prevê até que os transportadores ativos de GNL ultrapassarão os petroleiros até 2028.

É também importante destacar que a flexibilidade nos contratos de longo prazo está aumentando, impulsionada por eventos geopolíticos que geram incerteza na procura. Isto leva a uma maior exposição aos preços globais, uma vez que os volumes residuais são normalmente definidos nos níveis atuais do mercado. No entanto, nem todos os mercados seguem este padrão. Em setores onde a segurança da cadeia de abastecimento é crucial, como a agricultura e alguns metais, as autoridades locais protegem-nos frequentemente.

Esta interligação poderá levar a desequilíbrios adicionais entre os mercados e, por sua vez, gerar oportunidades comerciais adicionais. Energia renovável A transição energética para uma economia energética líquida zero está a ganhar impulso, com a eletricidade a ocupar o centro das atenções. Para atingir os objetivos do Acordo de Paris, a eletricidade deverá registrar um crescimento anual até 5%, atingindo um valor entre 1,3 e 2,4 biliões de dólares até 2040.

Este crescimento baseia-se na substituição progressiva de hidrocarbonetos por fontes de energia renováveis, tais como como eólica e solar. No entanto, a transição para uma maior dependência das energias renováveis ​​apresenta desafios únicos. A geração de energia deve estar intimamente ligada ao seu consumo, exigindo um desenvolvimento significativo da infra-estrutura energética. Além disso, o aumento da procura de energias renováveis ​​implica uma maior necessidade de outras matérias-primas, como o aço, o cobre e o alumínio, utilizadas na produção.

Expansão da Bianchini no complexo portuário de Rio Grande é discutido em reunião na sede da Antaq

O presidente da Portos RS, Cristiano Klinger, liderou a participação da Autoridade Portuária na reunião que debateu o projeto de expansão para o aprimoramento da empresa Bianchini no carregamento de grãos em Rio Grande. O encontro aconteceu na sede da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), em Brasília. 

Acompanhados do representante da empresa gaúcha, Aluísio Sobreira, eles foram recepcionados pela equipe do diretor-geral da ANTAQ, entre eles o assessor de diretoria, Lucas Fernando Vaquero, o gerente de outorgas de autorização, Eduardo Queiroz, e o gerente de portos organizados, Marcus Tavares. A reunião foi uma oportunidade para debater os investimentos futuros que serão realizados no terminal.