quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Governo sul-coreano transfere rotas da quebrada Hanjin Shipping para a HMM para reduzir impacto no fluxo de cargas

         A Hanjin Shipping solicitou administração judicial para determinar a liquidação de seus ativos. A companhia fez o pedido depois de se declarar quebrada por não conseguir financiamento bancário para o seu plano de recuperação. As instituições financeiras, lideradas pelo KDB (Korea Development Bank), decidiram suspender o apoio financeiro a maior transportadora marítima sul-coreana no início de setembro por entender que ela não mostrava condições de reduzir a queda livre em que se encontra.
        Um porta-voz do Grupo Hanjin, controladora da Hanjin Shipping, confirmou que a armadora registrou perdas superiores a US$ 400 milhões no primeiro semestre desse ano. Explicou que a administração judicial é a única opção viável para a liquidação definitiva de seus ativos, processo que deveria finalizar no último quadrimestre de 2016. 
        O governo de Seul anunciou um plano de medidas para que outra companhia de navegação do país e principal competidora da Hanjin, a HMM (Hyundai Merchant Marine) ocupe o lugar da empresa em crise em algumas rotas para minimizar o impacto no fluxo de cargas. Essa medida fortaleceu os rumoes de que a HMM tem planos de fundir-se com o armador quebrado. Mas fontes ligadas a companhia, asseguraram que há apenas interesse em alguns ativos mais rentáveis da Hanjin e não em uma fusão propriamente. 
         A indústria do transporte marítimo global vem operando com perdas desde o final do ano passado. Segundo analistas, os prejuízos acumulados pelos armadores pode ultrapassar os US$ 5 bilhões em 2016. Na avaliação deles, nem as fusões e suspensões de rotas menos rentáveis, serão suficientes para superar o excesso de capacidade que dinamitou os preços dos fretes.
        A bancarrota da Hanjin, que emprega 1.500 pessoas, será a maior da história da navegação comercial mundial.  Ultrapassaria, inclusive, o colapso do segmento registrado nos Estados Unidos em 1986, que levou ao fechamento ou venda de diversas companhias de navegação da maior economia do planeta.

Cenário externo pesa mais que afastamento definitivo de Dilma e Bovespa fecha em queda

        O cenário externo acabou por ser determinante para a queda da Bovespa nesta quarta-feira (31), mesmo com as atenções voltadas ao último capítulo do processo de impeachment de Dilma Rousseff. Um aumento inesperado de estoques fez os preços do petróleo derreterem nas bolsas de Nova iorque e Londres, gerando importante aversão a ativos de risco no mundo.
        No Brasil, a surpresa foi a separação da votação do impeachment em duas etapas e a insuficiência de votos para garantir a inelegibilidade da presidente cassada. O fato gerou desconforto no mercado e reforçou a tendência de baixa do Índice Bovespa, que terminou o dia em baixa de 1,15%, aos 57.901,10 pontos, e com R$ 8,61 bilhões em negócios.
        A Bolsa iniciou o dia em alta, tendo ações estratégicas no território positivo, como as estatais Petrobras e Banco do Brasil. Mas o mercado todo sucumbiu após o Departamento de Energia dos Estados Unidos (DoE) anunciar crescimento de estoques de 2,276 milhões de barris de petróleo bruto na semana passada, muito acima do previsto pelos analistas, que estimavam aumento de 1,2 milhão de barris.
        A leitura é que a produção da commodity continua elevada, sem contrapartida na demanda, num sinal de desaceleração econômica dos EUA. Com isso, o mercado de commodities acompanhou o movimento, derrubando ações ligadas a matérias-primas. Internamente, Petrobras ON e PN caíram 2,90% e 1,83% no fechamento, enquanto Vale ON e PNA recuaram 4,02% e 4,30%, respectivamente.
       A aprovação do impeachment de Dilma Rousseff foi confirmada às 13h35, por 61 votos a 20 no Senado. Nesse momento, o Ibovespa cuja queda rondava o 1,45%, reduziu o ritmo para o nível logo abaixo de 1%. A reação foi pontual, uma vez que, na segunda votação, a presidente cassada manteve os direitos de elegibilidade. Houve 42 votos pela cassação dos direitos eletivos, ante 36 pela manutenção e 3 abstenções. Para que Dilma fosse impedida de assumir cargo público, eram necessários os mesmos 54 votos que garantiriam o impeachment.
       A decisão do Senado gerou forte ruído na base aliada do governo Michel Temer. Parlamentares do PSDB e DEM acusaram o PMDB de ter feito um acordo para amenizar a pena de Dilma por crime de responsabilidade.
       O senador Cássio Cunha Lima, líder do PSDB na Casa, chegou a dizer que estava "fora do governo". O discurso, porém, foi suavizado pelo presidente da legenda, senador Aécio Neves (MG), que disse considerar que "a questão essencial foi resolvida". Mesmo assim, Aécio disse que a decisão de hoje causa "enormes preocupações".
       Com a queda desta quarta, o Ibovespa encerrou o mês de agosto com alta de 1,03%, mas contabiliza ainda ganho de 33,57% em 2016. Na última segunda-feira (29), os investidores estrangeiros retiraram R$ 85,918 milhões da bolsa brasileira. Em agosto, até o dia 29, o saldo acumulado estava negativo em R$ 1,541 bilhão. No acumulado de 2016, a Bolsa tem superávit de R$ 15,714 bilhões em recursos externos.

Ministro da Agricultura viaja a China para negociar acordos comerciais com seis países asiáticos



         O ministro da Agricultura e Pecuária, Blairo Maggi, viajou nesta quarta-feira (31) para a China, onde participará de seminário empresarial em Xangai na sexta-feira (2). De sábado até segunda-feira, ele vai estar na reunião de Cúpula do G20 e em encontros bilaterais, em Hangzhou. A partir de terça-feira (6), ele lidera uma missão comercial que visitará mais seis países asiáticos, por 20 dias, com o objetivo de ampliar e conquistar novos mercados e atrair investimentos para o agronegócio brasileiro
       Na bagagem, Blairo levará informações sobre o potencial do Brasil para alimentar o mundo – especialmente a Ásia – e a garantia da sanidade dos seus produtos agropecuários. Ao final do roteiro, ele participará da reunião de Ministros da Agricultura dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), em Nova Déli (Índia).
        A viagem ao continente asiático faz parte do esforço do governo federal para elevar de 7% para 10%, em cinco anos, a participação do Brasil no comércio agrícola mundial. “Precisamos aprofundar as parcerias que já temos e conquistar novos destinos para nossos produtos agropecuários. Poucas nações têm tanto a oferecer no setor agrícola quanto o Brasil. Somos vocacionados para a atividade rural e devemos aproveitar isso para gerar mais emprego e renda,”disse Maggi.
       Na avaliação do ministro, a forma mais rápida de o país sair da crise é por meio do agronegócio. Isso demonstra a importância da missão à Ásia: “A ideia é provocar os mercados, estimulá-los e mostrar que temos coisas para vender e estamos dispostos a comprar também. Como agricultor, entendo que se você não plantar não colhe. Essa visita é um plantio, uma possibilidade. Quem sabe a gente não consegue abrir alguns mercados.”
      Um grupo de empresários brasileiros do setor agrícola, os secretários de Relações Internacionais do Agronegócio, Odilson Ribeiro, e de Defesa Agropecuária, Luis Rangel, e o presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Maurício Lopes, vão acompanhar o ministro durante a viagem.
       Além da China (incluindo Hong-Kong), a delegação participará de seminários, visitas técnicas, reuniões bilaterais e encontros na Coreia do Sul, Tailândia, em Myanmar, no Vietnã, na Malásia e Índia.
       Entre os temas a serem negociados pela missão chefiada por Blairo estão   a ampliação ou a abertura do acesso a mercados para carnes (bovina, suína e de aves), lácteos, gado vivo, material genético avícola, frutas e matéria-prima para ração. Além disso, o ministro tratará da habitação de plantas frigoríficas e cooperação técnica e científica com a Embrapa.
     Paralelamente à reunião dos Brics, em Nova Déli, o ministro manterá encontros bilaterais com representantes dos governos da China, Rússia e África do Sul. Na pauta de Blairo, está a verificação com as autoridades chinesas da publicação da mais recente legislação para a habilitação de novos eventos transgênicos, a avaliação com os russos sobre pescados e trigo e a negociação com os sul-africanos sobre o comércio de carne suína, manga e material genético.

Gerex do Banco do Brasil promove treinamento sobre Siscoserv em Uruguaiana

         A Gerex (Gerência Regional de Apoio ao Comércio Exterior) do Banco do Banco do Brasil promove o treinamento sobre Siscoserv, no dia 14 de setembro, das 9h às 13h, na sede do Sdaergs (Sindicato dos Despachantes Aduaneiros do Estado do Rio Grande do Sul), em Uruguaiana (RS).
        O treinamento será ministrado pela educadora Roberta Kloeckner, da Unversidade Corporativa Banco do Brasil. O Objetivo é apresentar a funcionalidade do sistema nas operações de comércio exterior.
        O custo é de R$ 308,00 para associados do Sdaergs e de R$ 347,00 para não associados. Mais informações e inscrições pelo fone (51) 3258-3632, ou pelo email consultoria.poa@bb.com.br.

APM e Administração do Porto de Itajaí fazem simulação de emergência com vazamento de produto de alta periculosidade

         A APM Terminals e a Administração do Porto de Itajaí promoveram a simulação de uma emergência na área portuária, iniciada pela queda de um contêiner com produtos perigosos de uma empilhadeira, provocando o vazamento de um produto químico de alta periculosidade, com formação de nuvens de vapores tóxicos e inflamáveis. A encenação envolveu seis vítimas, duas externas e quatro internas, uma das quais morreu.
         A partir da sala de comando, no edifício-sede da APM Terminals, representantes da Autoridade Portuária, da arrendatária do terminal, da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros monitoraram a situação e acompanharam a hipotética evacuação de ruas, prédios, lojas, escolas e shopping centers na proximidade de 800 metros do local do acidente. Em função dos ventos, o suposto vazamento atingiu o Centro da cidade catarinense, mas se dissipou rapidamente.
         “A realização de exercício simulado é fundamental, pois permite aperfeiçoar nossas práticas de atendimento e agilidade na resposta a emergências”, defendeu Ricardo Arten, diretor superintendente da APM Terminals no Brasil. O superintendente do Porto de Itajaí, Antonio Ayres dos Santos Júnior, explicou que a simulação promove não apenas o preparo de todos os integrados, mas a organização de todos os agentes envolvidos. “O exercício promoveu a integração das entidades públicas com os colaboradores do Porto e terminais para a atuação em situações de emergência”, relatou.
         O exercício simulado de campo atendeu as proposições do PEI (Plano de Emergência individual) e PCE (Plano de Controle a Emergência) do Porto de Itajaí e da APM Terminals, além de atender ao PA (Plano de Área) e ao PAM (Plano de Auxilio Mútuo) para treinamento e avaliação de suas equipes de resposta a emergências e cumprimento de requisitos junto aos órgãos ambientais e Ministério do Trabalho.
Além dos colaboradores do Porto, APM Terminals e demais terminais portuários, participaram também da atividade o Corpo de Bombeiros e Defesa Civil de Itajaí e de Santa Catarina, a Delegacia da Capitania dos Portos de Itajaí, a praticagem e servidores de instituições como Policia Militar Ambiental, Fundação do Meio Ambiente (FATMA), Fundação do Meio Ambiente do Itajaí (FAMAI), Coordenadoria de Transito (CODETRAN), Ecosorb, Delegacia da Capitania dos Portos de Itajaí, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).

Mlog pretende expandir a frota da CNA, comprada do Grupo Libra

         A Mlog, ex-Manabi, tem um plano de expansão para a Companhia de Navegação da Amazônia (CNA), comprada do Grupo Libra. O planejamento prevê ampliar a frota de empurradores e balsas da CNA, uma das principais empresas no transporte de granel líquido (petróleo, derivados e óleo de palma) na Amazônia. Outra ideia é utilizar as bases de apoio da CNA na região Norte do país para prestar serviços de transbordo para outras companhias, revelou Patricia Tendrich Pires Coelho, presidente e sócia-controladora da Mlog.
         A Mlog assumiu este mês o controle da CNA por valor não revelado. A CNA tem frota de 18 empurradores e 35 balsas e faturou mais de R$ 80 milhões em 2015. Um dos principais atrativos para a Mlog fechar a compra da CNA foram as receitas geradas pelo adicional ao frete para a renovação da marinha mercante, o chamado AFRMM, dizem fontes do setor. Na Amazônia, o transporte de derivados gera 40% do valor do frete em termos de AFRMM. O dinheiro vai para conta vinculada à empresa, que pode usá-lo na construção de embarcações, manutenção da frota e amortização de dívidas, inclusive no mesmo grupo econômico.
         Por essa lógica, a Mlog poderá usar recursos do AFRMM gerados pela CNA para fazer frente a compromissos da Asgaard Navegação, empresa do grupo dedicada à navegação offshore, de apoio à indústria de petróleo e gás, disse uma fonte. A Asgaard comunicou ao mercado este mês que fechou contrato para a construção de duas embarcações offshore do tipo PSVs, com 4.500 toneladas de porte bruto. Os dois barcos serão feitos no Brasil, em estaleiro cujo nome ainda não foi revelado, e serão pagas com recursos próprios da Asgaard e financiamentos.
         A compra da CNA foi fechada via Asgaard. A Mlog já informou, em fato relevante, que a compra da CNA está "em linha" com o plano de negócios do grupo. O objetivo da Mlog é comprar ativos maduros, geradores de caixa, disse Patrícia. A CNA tem 72 anos, sede em Manaus (AM), e, no ano passado, além do faturamento superior a R$ 80 milhões, gerou R$ 56 milhões de AFRMM. A meta para este ano é atingir faturamento semelhante ao de 2015, disse Patricia. De janeiro até 31 de julho, a CNA faturou R$ 59 milhões, dos quais R$ 18 milhões de AFRMM. Segundo a empresária, a CNA tem cinco bases de apoio na região Norte: Compensa e Coari, no Amazonas; Trombetas e Moju, no Pará; e Porto Velho, em Rondônia.
         Procurado, o Grupo Libra não quis se pronunciar. No mercado, a avaliação de fontes é que o grupo, de controle familiar, está passando por uma reorganização interna, com a venda de ativos não prioritários. Em maio, o ex-presidente da Libra, Marcelo Araújo, foi substituído por José Antonio Balau. Na ocasião, a empresa disse que a mudança havia sido planejada e marcava o início de um novo ciclo de negócios para o Grupo Libra, com foco em seus negócios prioritários: a operação de terminais portuários e a logística de comércio exterior. O Libra é controlado pelas famílias Borges e Torrealba e tem entre seus principais ativos terminais de contêineres nos portos de Santos e no Rio de Janeiro.
         O setor de navegação fluvial, no qual a CNA atua, tem enfrentado melhor a recessão econômica do que segmentos do transporte marítimo, como o offshore, que tem sofrido com as dificuldades da Petrobras. Segundo fontes do setor, tem havido associação entre empresas de navegação fluvial, sobretudo na área de grãos, e na construção as encomendas continuam. Em meados deste ano, havia 297 projetos, incluindo a construção de balsas graneleiras e empurradores fluviais, que somavam R$ 1,36 bilhão em investimentos. Os projetos contam com aval do Fundo da Marinha Mercante (FMM), fonte de financiamento de longo prazo para o setor.

Cargas eólicas são alternativa para os portos de Salvador e Ilhéus

         A instalação de produtores de energia eólica no interior da Bahia e de fabricantes de equipamentos, principalmente na Região Metropolitana de Salvador, mas também em outras áreas da Bahia, vem atraindo a atenção de terminais portuários instalados no estado. Só no ano passado, o Porto de Salvador movimentou 25 mil toneladas de equipamentos, enquanto outras 3,5 mil toneladas passaram pelo Porto de Ilhéus.
         O filão de mercado foi percebido pelo Terminal de Contêineres (Tecon) do Porto de Salvador, operado pela Wilson Sons, há dois anos. De lá para cá, foram movimentados 4,9 mil contêineres com equipamentos e 37 mil toneladas de grandes partes, como hubs, torres, naceles, pás e outras peças, conta a diretora comercial do Tecon, Patrícia Iglesias. “Nós temos investido na atração desse tipo de carga porque enxergamos que a economia baiana cresce nessa direção”, explica.
         É este mesmo raciocínio que está movendo a Enseada Indústria Naval a oferecer parte da área do estaleiro, às margens do Rio Paraguaçu, como terminal portuário para receber e escoar equipamentos para a produção de energia eólica, além de áreas para a implantação de fabricantes de componentes. “Nossa vocação principal é naval, mas temos um terminal portuário de grande capacidade, além de estruturas que permitem operações da indústria metal-mecânica e de construção, entre outras”, destaca o diretor de Relações Institucionais da Enseada Indústria Naval, Humberto Rangel. Temos uma estrutura que permite tanto o escoamento, quanto a fabricação de peças grandes, como pás e torres”, explica Rangel.
         Com 73 parques eólicos instalados e outros 159 em construção, a Bahia caminha para se transformar no principal estado produtor de energia a partir dos ventos no Brasil, com uma potência instalada de 5,5 mil megawatts, de acordo com dados da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica). Mas o potencial do estado é 35 vezes maior, de 195 mil megawatts, de acordo com levantamento das Secretarias de Infraestrutura (Seinfra) e de Ciência e Teconologia (Secti) da Bahia.
         Para aproveitar pelo menos parte desse potencial, a logística é apenas parte dos desafios pela frente, reconhece o diretor de infraestrutura da Seinfra, Celso Rodrigues. “O cenário que temos adiante é de crescimento. Só para o leilão de energia renovável, previsto para o fim deste ano, teremos 240 projetos, que vão oferecer ao mercado 6 mil megawatts. É mais do que tudo o que temos”, ressalta.
         Segundo ele, o estado tem buscado adaptar estruturas viárias e portuárias para atender a atividade e evitar que o transporte se torne um gargalo para o desenvolvimento da atividade. “Os desafios surgem com o desenvolvimento do setor. São pontes, viadutos, passarelas que precisam de adaptações. Agora mesmo estamos trabalhando para adaptar o túnel da Via Expressa às dimensões dos equipamentos”, diz. A “evolução” dos equipamentos, segundo ele, torna o desafio de adaptação constante. “As pás que antes tinham 45 metros, hoje saem com 62 metros”, compara.

terça-feira, 30 de agosto de 2016

Dólar avança para um dos maiores patamares do mês ante expectativa de que o Fed possa elevar os juros

         O dólar avançou para próximo dos maiores patamares em um mês nesta terça-feira (30), beneficiado por expectativas crescentes de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano-foto) possa elevar os juros nos próximos meses. No final da tarde, o dólar subia a 103,01 ienes, de 101,92 ienes no final da tarde de segunda-feira, 29, enquanto o euro cedia a US$ 1,1145, de US$ 1,1182.
        Os investidores têm se mostrado mais otimistas de que o Fed vá conduzir um novo aperto monetário este ano após discursos de dirigentes neste sentido, combinados com a divulgação de indicadores positivos.
Nesta quarta, o Conference Board mostrou que o índice de confiança do consumidor subiu a 101,1 em agosto, de 96,7 em julho, superando a expectativas de analistas consultados pela Dow Jones Newswires. Este também é o maior patamar em quase um ano, segundo Lynn Franco, diretor de indicadores econômicos do instituto,
        De acordo com dados do CME Group com base nas apostas sobre os futuros dos fed funds, investidores veem agora uma probabilidade de 27% de elevação na próxima reunião, em setembro, de 21% ontem, enquanto as apostas para dezembro alcançaram 55%. Juros mais altos tendem a impulsionar o dólar, tornando ativos denominados em dólares mais atrativos. Ainda assim, muitos investidores acreditam que o impacto sobre a moeda norte-americana pode ser pequeno caso o ritmo adotado pelo Fed seja lento o bastante.

Elog reconquista licença da Anvisa no armazém alfandegado de Campinas



          A Elog reconquistou a licença da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no armazém alfandegado de Campinas (SP). A unidade já pode trabalhar com as cinco classes de produtos - medicamentos, alimentos, saneantes, cosméticos e correlatos, inclusive portaria 344 (medicamentos controlados). Para isso, foi necessário realizar adequações na infraestrutura, como adotar instalação de tecnologia para controle de temperatura, entre outras providências, que demandaram um investimento de R$ 400 mil.
         “Retomar essas licenças foi um passo muito importante para nós, pois reforça nossa atuação em um segmento estratégico para a companhia, que é o de Healthcare”, comemorou o diretor-presidente da Elog, Philippe Masse.
     O Centro Logístico Industrial Alfandegado de Campinas tem uma localização privilegiada, próxima ao Aeroporto Internacional de Viracopos e no entroncamento dos principiais corredores viários da região (Rod. Anhanguera, Bandeirantes e D.Pedro I), apresentando grande vantagem competitiva para empresas de todos os portes.
        “Neste momento estamos habilitados em todas as nossas unidades a operar qualquer carga que seja requerido Anvisa, inclusive nosso Transporte e nosso Centro de Distribuição em Alphaville.  Desta forma podemos propor nossa solução de Logística Integrada para os clientes do setor Healthcare”, comentou Souza.  


Bolsas europeias operam em alta puxadas pelo setor exportador, beneficiado com euro mais fraco

         As bolsas europeias operam em alta nesta terça-feira (30), puxadas pelo setor exportador, que se beneficia com o euro mais fraco. O setor de mineração, no entanto, destoa do movimento e cai com força em meio à queda dos metais básicos, pesando em Londres.
        Às 8h20min (de Brasília), a Bolsa de Londres subia 0,08%, Paris ganhava 0,75% e Frankfurt avançava 0,95%. A Bolsa de Milão tinha alta de 1,25%, Madri tinha acréscimo de 0,80% e Lisboa crescia 0,17%.
        Entre os setores que avançam, destaque para o automobilístico. Os papéis da Volkswagen tinham alta de 1,6% em Frankfurt, enquanto a Peugeot avançava 1,8% em Paris. O euro mais fraco tem beneficiado as ações de empresas exportadoras. O dólar sobe com força nesta manhã ante as principais moedas e emergentes, com os investidores de olho em dados importantes da economia dos EUA nesta semana para avaliar uma possível alta de juros em breve.
         Por outro lado, o setor de mineração pesa, principalmente em Londres. As ações da Antofagasta caem mais de 4%, enquanto as da Glencore e da Rio Tinto tinham queda superior a 3%. Os declínios vieram em meio a quedas nos preços dos metais preciosos. Os preços do ouro estão no foco dos investidores, uma vez que os mercados continuam a questionar o momento do próximo aumento de juros nos EUA. Os preços do ouro tendem a declinar em meio à perspectiva de juros mais altos.
         Entre as notícias corporativas, o órgão regulador antitruste da União Europeia (UE) exigiu que a Irlanda recupere cerca de 13 bilhões de euros (US$ 14,5 bilhões) em impostos não pagos da Apple, um movimento que poderia intensificar uma rivalidade entre a UE e os EUA sobre questões fiscais do bloco em empresas americanas. A Comissão Europeia disse nesta terça-feira que o regime fiscal da Irlanda oferecido à Apple entre 1991 e 2007 permitiu que a empresa pagasse menos do que 1% ou quase zero de impostos sobre os seus lucros europeus por mais de 10 anos, entre 2003 e 2014.
         Nos indicadores do dia, o índice de sentimento econômico da zona do euro, que mede a confiança de setores corporativos e dos consumidores, caiu a 103,5 em agosto, de 104,5 em julho, segundo dados publicados hoje pela Comissão Europeia, braço executivo da União Europeia. Analistas consultados pelo The Wall Street Journal previam queda menor do indicador, a 104,1. O resultado de agosto é o menor desde março, mas permanece acima da média de 100,0 da série histórica iniciada em 1990.

Porto do Pecém poderá ter mais de um modelo de participação privada

         O Porto do Pecém, depois de despertar o interesse dos holandeses, que firmaram um convênio para a elaboração do plano de desenvolvimento do complexo cearense por meio do Porto de Roterdã, poderá ter mais de um modelo de participação privada. O relatório feito por consultores do terminal da Holanda sobre Pecém projeta, para o ano de 2030, até 80 milhões de toneladas de cargas movimentadas ao ano. No ano passado, foram 7 milhões. Para atingir esse objetivo, devem ser implementadas melhorias de infraestrutura e governança.
        “Os consultores nos mostraram vários cenários até 2030. No cenário pessimista, chegaríamos à movimentação de mais de 40 milhões de toneladas, enquanto uma avaliação bastante otimista consideraria 80 milhões. O número mais próximo da previsão "realista" ficaria em torno de 50 milhões de toneladas de carga, na avaliação de Danilo Serpa, presidente da Cearaportos.
         De acordo com André Facó, titular da Seinfra (Secretaria de Infraestrutura do Ceará), a região apresenta uma gama maior de negócios, e o Estado pode explorá-los sem ter de se preocupar apenas com um formato. “Ali, você pode ter uma participação societária, uma PPP ou uma concessão. Gera uma vantagem para o Estado, que optaria em ser sócio”, destaca.
         A expectativa, aponta ele, é de que, com os respectivos avanços, o equipamento seja o maior porto-indústria do Norte-Nordeste em 2030. “Veremos a forma de 'parceirizar' ou executar de maneira direta”. Em setembro, haverá uma reunião entre os consultores de Roterdã e o governador Camilo Santana para dar o próximo passo a uma parceira. Segundo ele, ainda não existe um modelo definido, e a parceria envolveria apenas áreas do Complexo do Pecém.

Grupo Triunfo espera que governo priorize setor de infraestrutura após fim da interinidade na presidência da República

         A concessionária de infraestrutura Triunfo Participações e Investimentos (TPI) espera que, caso seja confirmado o governo definitivo de Michel Temer, sejam feitas reformas estruturais "doloridas mas muito necessárias", como a da Previdência, e desatados os nós setoriais. "Com a perspectiva de redução da taxa de juros e melhoria de percepção das agências reguladoras, haverá um novo incentivo para se investir no Brasil", afirma o presidente do grupo, Carlo Bottarelli. A TPI tem investimentos em vários segmentos regulados, como rodovias - o maior deles -, aeroportos, e porto de uso privado.
         Segundo o executivo, mais dos que novos leilões, a prioridade no setor de infraestrutura é destravar financiamentos já pactuados. "E uma solução definitiva para a discussão sobre alternativas de crédito além do BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social]", afirmou ele. Bottarelli destacou ainda a necessidade de se investir na eficiência dos agentes reguladores e na repactuação de contratos existentes - elaborados, sustentou, com outra racionalidade econômica, em um momento de perspectiva de crescimento do país. Como é o caso da terceira etapa do programa de concessões rodoviárias, de 2013 e 2014.
       "A medida provisória que o governo prepara é um passo nesse sentido", ressaltou. Esse é um dos pleitos encampados também pela Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), que listou uma série de medidas para destravar investimentos, objeto de debates que a associação tem mantido com ministérios e autoridades em Brasília. Segundo a Abdib, as empresas não conseguem fazer todos os investimentos nos prazos acordados porque enfrentam "problemas não gerenciáveis", como atrasos em licenciamentos ambientais e dificuldade de obtenção de financiamento previsto pelo BNDES.
       O pedido é para que os compromissos de investimentos das concessionárias tenham aderência às estimativas de tráfego de veículos. Entre as mudanças práticas que a medida provisória em elaboração pelo governo deverá trazer está o fim da obrigatoriedade de duplicação do trecho concedido em até cinco anos, um dos mais pesados desembolsos financeiros para as empresas. A imposição, diz a Abdib, redunda em pressão por tarifas mais elevadas e possibilidade de gerar oferta rodoviária subutilizada. "É importante, a partir de estudos de viabilidade, equilibrar as obrigações de investimento e estudar a aplicação de gatilhos para a ampliação da oferta de acordo com o crescimento da demanda", mostrou um estudo da associação. O argumento é que tal meta foi assumida pelas empresas tendo em vista o financiamento oferecido à época pelo BNDES - mas, desde que os contratos de concessão foram assinados, várias empresas ainda não conseguiram a liberação dos recursos do banco público de fomento.
A Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR) espera que o novo governo deslanche os leilões, muitos dos quais listados no Programa de Investimentos em Logística (PIL), da gestão Dilma Rousseff. "Essa é a nossa torcida. Isso tem de ser uma política de Estado, não de governo", diz o diretor técnico da ABCR, Flávio Freitas.
         Freitas defendeu ainda que sejam revistos projetos que considera destrutivos em tramitação no Congresso e em assembleias legislativas. Entre eles, destaca a Lei dos Caminhoneiros, sancionada no ano de 2015, que permitiu a isenção de cobrança de pedágio sobre eixos suspensos nas rodovias federais.
A crítica é endereçada também a projetos que dão isenção do pagamento de pedágios a determinados grupos, como idosos e moradores do entorno das rodovias. Segundo Freitas, como os contratos preveem o pagamento de todos, quando há isenção é preciso fazer o reequilíbrio. "A consequência é o aumento de tarifa causado por esses projetos de lei. A lógica é que quando todos pagam, todos pagam menos. Isso é de uma obviedade total, mas há parlamentares que querem privilegiar sua base eleitoral", finalizou.

Conselho do Fundo da Marinha Mercante aprova R$ 1,3 bilhão em financiamentos para a indústria naval

         O Conselho Diretor do Fundo da Marinha Mercante (CDFMM) aprovou cerca de R$ 1,3 bilhão para o financiamento de projetos da indústria naval. O valor foi definido na 32ª reunião ordinária do conselho, realizada nesta semana, no Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil, em Brasília (DF).
          Desse total, R$ 976,8 milhões vão para projetos relacionados a apoio marítimo, R$ 202,9 milhões para apoio portuário, R$ 71,5 milhões para docagem e reparo e R$ 42 milhões para navegação interior.
O montante inclui R$ 830 milhões para construção de quatro PSV 4.500 e R$ 100,9 milhões para construção de um OSRV-750.
         O valor destinado ao apoio portuário está previsto para construção de seis rebocadores de 70 TTE. O total autorizado pelo conselho para navegação interior vai para construção de um terminal flutuante. Já o valor aprovado para docagens e reparos será utilizado em 10 barcos de apoio.
         Com a publicação das prioridades concedidas pelo CDFMM no Diário Oficial da União nos próximos dias, as empresas postulantes estarão habilitadas a contratar os financiamentos junto aos agentes financeiros conveniados (BNDES, Banco do Brasil, Caixa Econômica, Banco do Nordeste e Banco da Amazônia). O FMM pode financiar até 90% do valor dos projetos, sendo que a definição do percentual do crédito depende do conteúdo nacional de cada projeto e do tipo de embarcação.
         A próxima Reunião Ordinária do CDFMM está prevista para o dia 1° de dezembro de 2016. O prazo para os postulantes apresentarem projetos para obtenção de prioridade para financiamento com recursos do FMM na reunião é até o próximo dia 3 de outubro.

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Novo diretor da CVM defende participação do mercado de capitais como fonte de investimentos em infraestrutura

         O novo diretor da Comissão de Valores Mobiliários, Henrique Machado, apresentado hoje (29), no Rio de Janeiro (RJ), ao mercado de capitais, ressaltou o momento que o país está vivendo de retomada do crescimento, que aponta para a presença positiva do mercado de capitais como fonte de investimento para obras de infraestrutura. O governo, segundo ele, reconhece a importância do investimento privado, “até porque as fontes públicas já não são tão disponíveis”.
        A ideia é fomentar o investimento privado, com a participação do mercado de capitais, com foco em infraestrutura, seja pela aquisição de ações ou pela aplicação em fundos. O novo diretor da CVM, autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda, empossado em julho passado, disse ver o indicativo de um momento mais saudável no país com “aumento dos índices de confiança em vários segmentos, redução do CDS (do nome em inglês Credit Default Swap, que funciona como um seguro do risco) do Brasil, a queda do dólar. A gente vive um momento de decisão. Hoje é um dia histórico”, sustentou.
        Nesta segunda-feira (29), o Senado recebe a presidente afastada Dilma Rousseff que apresenta sua defesa, na véspera da votação sobre seu afastamento definitivo ou não da Presidência da República. O diretor da CVM reiterou que essa é uma oportunidade de retomada salutar para a economia brasileira de maneira geral. O mercado de capitais se ressentiu, segundo ele, após um longo período em que o investimento resultou de uma política fiscal “menos equilibrada, que causava aumento da taxa de juros básica da economia, aliada, na outra ponta, com crédito subsidiado e uma política de isenção”.
        Machado avaliou que a taxa de juros elevada atraía a poupança popular para aplicação em títulos públicos, tornando menos atrativo adquirir títulos privados, o que contribuía para enfraquecer o mercado de capitais. “E o crédito subsidiado acabava sendo interessante para as empresas que precisavam de recursos”. Nesse quadro, opinou que a renda fixa era muito mais interessante do que a renda variável: “Financiar o Tesouro (Nacional), em uma análise de risco, era muito mais interessante do que você se tornar sócio de uma empresa”.
        O diretor da CVM Disse que as medidas anunciadas pela equipe econômica do governo interino de Michel Temer apontam para o equilíbrio fiscal, que deve possibilitar, “em algum momento”, redução da taxa de juros, diluição da política de subsídios. Tudo isso, comentou, vai criar um cenário macroeconômico positivo para a retomada do mercado de capitais.
       Henrique Machado admitiu, contudo, que essa retomada do crescimento não será tão rápida como se gostaria, embora acredite que será um caminho ascendente e mais ativo, com o próprio índice da Bolsa de Valores subindo. “A gente deve ter nos próximos anos retomada também do mercado de capitais”, apostou.
Procurador do Banco Central (BC), Henrique Machado foi secretário do Conselho Monetário Nacional (CMN) e secretário-executivo do Comitê de Regulação e Fiscalização dos Mercados Financeiro, de Capitais, de Seguros, de Previdência e Capitalização (Coremec), entre 2010 e 2016. O diretor da CVM informou que uma das infrações que merecem um olhar mais atento da autarquia e também constitui preocupação do mercado é a prática de insider trading (uso indevido de informação privilegiada).
        Segundo ele, a CVM, na sua função sancionadora, deve mostrar rigor na punição dessas práticas lesivas ao cidadão, às empresas e ao mercado, e inibir sua ocorrência. Advertiu, entretanto, que antes de aplicar a punição, é preciso instruir o mercado sobre o que se deseja. Com esse objetivo, a CVM lançou em junho deste ano campanha esclarecendo o que é o insider trading, quais são as condutas que configuram essa infração, de modo a deixar claro o que não quer que aconteça no mercado.
        Para ele, o órgão sancionador do mercado de capitais deve ter uma atuação “persistente, consistente e efetiva”, o que não está atrelado necessariamente ao tamanho da multa aplicada, cujo teto alcança R$ 500 mil. É preciso considerar também o tamanho do benefício auferido, embora, algumas vezes, essa multa máxima possa parecer pequena, ponderou.

Exportações de gado do Brasil para a Turquia serão ampliadas



         O Brasil vai diversificar e ampliar as exportações de gado para a Turquia. Nesta segunda-feira (29), os dois países concluíram a negociação para o estabelecimento de protocolo sanitário específico para exportação de bovinos destinados ao abate imediato. A expectativa do setor exportador brasileiro é embarcar, até o final deste ano, cerca de 100 mil cabeças para abate naquele país.
          O acordo é resultado de negociações entre o Departamento de Saúde Animal (DSA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e as autoridades veterinárias turcas. O protocolo é vantajoso para ambas as partes, porque exigirá um número menor de exames, além de reduzir o período de quarentena. Isso, assinala o departamento, diminui o custo de produção.
         Há também, assinala a DSA, a tendência de que essas exportações agreguem valor, porque os animais a serem embarcados deverão ser machos “terminados”, com peso superior a 450 quilos.
        “A homologação deste novo acordo zoosssanitário só foi possível por causa do reconhecimento, pelo Serviço Veterinário Turco, da credibilidade e eficiência da certificação veterinária firmada pelo Mapa, responsável por atestar o fiel cumprimento dos requisitos sanitários estabelecidos para importação de gado pela Turquia”, ressalta o diretor do DSA, Guilherme Marques.
         O Mapa quer diversificar ainda mais o comércio de animais e seus produtos com a Turquia. “O DSA está promovendo gestões junto ao Serviço Veterinário Turco para que o Brasil possa exportar produtos como embriões, sêmen e carne bovina”, diz Marques.
         O protocolo estabelecido nesta segunda-feira decorre de acordo feito entre o Mapa e as autoridades veterinárias turcas, em agosto de 2015, para exportação de gado destinado à engorda no país euro-asiático.
      O acordo firmado no ano passado possibilitou ao Brasil retomar, em 2016, as exportações de bovinos para o mercado turno. De janeiro a junho deste ano, o país embarcou 86.005 cabeças para a Turquia, avaliadas em cerca de US$ 50 milhões.
       O fechamento do acordo em 2015 foi comemorado pelo segmento exportador de gado, já que permitiu compensar as enormes perdas em decorrência da crise econômica Venezuela. Até o fim de 2014, o mercado venezuelano era o principal parceiro comercial do Brasil na compra de gado vivo, chegando a representar mais de 90% do total volume das exportações brasileiras. A partir deste ano, a Turquia se consolidou como principal cliente brasileiro, tendo sido responsável pela importação de 61,8% dos bovinos exportados pelo nosso país.