sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Coréia do Sul abre mercado para compra de mangas do Brasil



       O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) recebeu comunicado de que estão vigentes desde a última quarta-feira (22) os requisitos fitossanitários para a exportação de mangas do Brasil para a Coreia do Sul. As negociações com o país asiático, iniciadas em janeiro de 2004, foram tema de discussão bilateral durante a missão realizada pelo ministro Blairo Maggi à Ásia, em setembro do ano passado.
       A partir desta decisão anunciada pelo governo sul coreano, o setor privado avaliará os aspectos tarifários e de logística para verificar a competitividade e efetividade de exportações da fruta para o país. Somente no ano passado, a Coreia do Sul importou manga de países como Tailândia, Filipinas, Taiwan, Vietnã, Paquistão, Austrália, Índia, Peru e Estados Unidos, o equivalente a mais de US$ 48 milhões.
     Em novembro, durante visita do ministro Blairo Maggi à região do Vale do São Francisco, uma missão da Coreia do Sul esteve inspecionando as frutas do local para análise fitossanitária. Na oportunidade, o ministro mostrou-se confiante de que o resultado seria positivo.
       Uma das principais metas estabelecidas pelo Mapa é aumentar a participação brasileira no mercado internacional do agronegócio de 6,9% para 10% em um prazo de cinco anos. E o mercado asiático é visto como prioritário pelo governo.

Auditores fiscais apontam irregularidades em sete terminais de líquidos em Santos

         Sete terminais que operam granéis líquidos no Porto de Santos assinaram um termo de compromisso com o Ministério do Trabalho, se comprometendo a corrigir cerca de 100 irregularidades encontradas por uma força-tarefa do órgão. As instalações terão 12 meses para isso. As medidas exigidas envolvem a adequação de seus planos de prevenção contra grandes acidentes envolvendo produtos inflamáveis. 
        A ação do Ministério do Trabalho começou no final do ano passado, com o objetivo de evitar acidentes ampliados – aqueles que ultrapassam a área portuária e interferem na comunidade no entorno. Em abril de 2015, o Porto de Santos foi o cenário de um incêndio só controlado após nove dias e que afetou não só as operações do complexo marítimo, como todo o tráfego de veículos e pessoas na entrada da Cidade. Na ocasião, tanques da Ultracargo, no Distrito Industrial da Alemoa, foram consumidos pelas chamas.
         No ano passado, sete terminais especializados na movimentação de granéis líquidos na Alemoa e na Ilha Barnabé foram avaliados pelo órgão. Inicialmente, os auditores fiscais do Trabalho analisaram documentos e o cumprimento das normas regulamentadoras 10 e 20. Ambas relacionam procedimentos de segurança em instalações e serviços de eletricidade e nas unidades que movimentam produtos perigosos. 
         “Estabelecimentos que operam grandes volumes de inflamáveis são áreas com grande risco de incêndio e explosão que merecem ser rigorosamente fiscalizadas. A atuação do grupo estadual é importante para detectar problemas que possam iniciar um incêndio ou dificultar seu controle”, destacou o auditor fiscal Rodrigo Aoki Fuziy, membro do grupo. 
         De acordo com a auditora fiscal do trabalho Edlena Elias Fernandes, que coordena esta operação, todos os terminais fiscalizados assinaram o acordo e deverão se adequar em um ano. No entanto, periodicamente, as empresas terão que comprovar que estão cumprindo os termos exigidos. 
         Os terminais deverão apresentar a evolução das correções para os auditores do Ministério do Trabalho, em datas previamente determinadas com cada instalação. Todos os prazos foram definidos em mesas redondas com a participação de gestores das instalações portuárias e de sindicatos de trabalhadores. 
         “As empresas vão protocolar documentos que vão evidenciar a conclusão de cada fase prevista no termo de compromisso. Os auditores fiscais vão analisar esses documentos. E nós poderemos ir a qualquer momento nessas empresas fazer inspeção no local”, destacou Edlena. 
         Para o auditor fiscal Paulo Rogério Moreira de Oliveira, chefe da fiscalização em Santos, “o Ministério do Trabalho precisa priorizar ações planejadas como essa, que buscam preservar a integridade física dos trabalhadores e as comunidades do entorno”. Procurados, representantes dos terminais de líquidos não quiseram se manifestaram sobre a operação de fiscalização.

Transpetro adota novo sistema para esclarecimentos sobre dutos de gás e petróleo

         A Transpetro anunciou nesta quinta-feira (23), no Rio de Janeiro, a adoção de novo sistema para facilitar o contato das comunidades por onde passam dutos de petróleo, gás e derivados da empresa. Os seis diferentes números gratuitos, de prefixo 0800, disponibilizados atualmente, serão substituídos apenas pelo número 168.
         O atendimento pelo 168 também é gratuito e vai operar ininterruptamente. Ele já está valendo para os estados do Rio de Janeiro e São Paulo, e no próximo dia 1º de março funcionará em todo o Brasil. Por meio de sua assessoria, a Transpetro informou que os números 0800 vão continuar operando em um sistema redundante pelos próximos dois anos.
         O reforço da comunicação com a população objetiva “evitar ações de pessoas não autorizadas em suas instalações, o que traz risco de incêndio e até mesmo de explosão”. Razão pela qual estão sendo instaladas placas de identificação dos dutos para alertar sobre o perigo da ação de terceiros. “O transporte dutoviário de combustíveis é seguro e eficiente, desde que executado pelos funcionários da Transpetro”, de acordo com a companhia.
         A subsidiária da Petrobras alerta as comunidades para que denunciem qualquer movimentação suspeita na faixa de dutos ou em terrenos próximos, incluindo obras e construções na faixa, pessoas trabalhando sem uniforme da empresa e caminhões de combustível perto das faixas de dutos.

Maersk espera crescimento abaixo de 1% em 2017 nas importações

         As importações da Maersk no Brasil devem crescer menos de 1% em 2017 e as exportações devem ficar no mesmo patamar de 2016 caso o dólar permaneça na faixa de R$ 3, aponta o relatório comercial do quarto trimestre de 2016 da companhia. A empresa dinamarquesa observa que o Brasil apresenta sinais de recuperação lenta e lista entre os desafios o aumento dos custos dos armadores, a necessidade de reabastecimento de contêineres vazios e a alta do preço do bunker.
         No quarto trimestre, as exportações recuaram na comparação com o mesmo período de 2015, enquanto as importações cresceram em praticamente todas categorias, porém abaixo dos níveis de 2012 a 2014. A Maersk ressalta que as importações vêm de uma base de comparação muito baixa em relação aos patamares históricos, considerando que o Brasil era um exportador líquido até o primeiro trimestre de 2016, quando as importações travaram e tornou-se um exportador líquido no segundo trimestre. Já o declínio das exportações é parcialmente explicado pela base de comparação elevada.
         O relatório alerta para dificuldade dos exportadores porque não há contêineres vazios na costa e o espaço nos navios é limitado. "Com a queda que o mercado sofreu na importação, principalmente da Ásia, a disponibilidade de equipamento (contêineres) foi muito fraca. E a costa e o volume não são suficientes para suprir o nível de exportação que temos", observa Nestor Amador, diretor comercial da Maersk Line para a Costa Leste da América do Sul.
         As exportações de cargas refrigeradas sofreram a maior queda, recuando 11% no quarto trimestre contra 1,7% das cargas secas. As Elas tiveram baixas em todas as principais regiões: Europa (-7,6%), Ásia (-6,5%), África (-11,7%) e Oriente Médio (-12%), com destaque para carne bovina, peixes, frutas e vegetais, carne de frango e outras carnes, que recuaram, respectivamente, 24%, 5,9%, 3,8% e 8,8% no quarto trimestre na comparação ano a ano.
         Em dezembro, a Maersk revelou que tinha chegado a acordo com o Grupo Oetker para a aquisição da Hamburg Sud, que depende de aprovações regulatórias na União Europeia, nos Estados Unidos, , Brasil e Argentina. A aquisição irá oferecer vantagens uma vez que as redes dos dois armadores se complementam. O diretor de Trade e Marketing da Maersk Line na Costa Leste da América do Sul, João Momesso, destaca que a aquisição vai fortalecer a Maersk, que ficará mais forte nas rotas Leste-Oeste e Norte-Sul. A expectativa é que os órgãos regulatórios se posicionem somente em 2018.
         Momesso também destaca que o Brasil tem a ganhar com a busca de novos acordos de comércio exterior, mas ainda está muito atrás de países como o México. "Temos visto de maneira positiva que os países trouxeram para pauta conversa sobre acordos bilaterais e multilaterais", observa. Segundo Momesso, o Brasil como um todo precisa trabalhar em novos acordos. Ele acredita que o governo brasileiro parece estar tentando avançar nessa pauta individualmente e via Mercosul.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Governo de São Paulo investe mais de R$ 200 milhões na ampliação da Hidrovia Tietê-Paraná

         Com investimentos de R$ 203 milhões e conclusão prevista para julho de 2019,  foi iniciada nesta quinta-feira (23), com a presença do governador Geraldo Alckmin, as obras de ampliação e assoreamento do Canal de Avanhandava, na município de Buritama, interior de São Paulo. O canal vai ganhar mais 2,4 metros de profundidade em um trecho de aproximadamente 10 quilômetros da Hidrovia Tietê –Paraná até a jusante da Usina de Três Irmãos.
         Alckmin disse que as obras são de caráter estruturante e que serão muito importantes para o desenvolvimento da região e do País. “Havia um gargalo aqui, em Nova Avanhandava que será resolvido com o rebaixamento do pedral”, afirmou. “O ano passado, batemos o recorde de transporte pelas hidrovias, 8,7 milhões de toneladas e acho que poderemos ir rapidamente a dois dígitos e transportar mais de dez milhões de toneladas”, disse o governador sobre o movimento de cargas pela Hidrovia Tietê-Paraná.
         O alcance dos benefícios trará reflexos positivos para a população dos diversos estados que utilizam a hidrovia para o transporte de cargas e passageiros. Serão beneficiadas as populações de Minas Gerais, Mato Grosso, São Paulo e Goiás. De quebra, a obra irá ampliar a capacidade de energia gerada pela Usina de Três Irmão.
         Os benefícios também virão na forma de novos postos de trabalho. A estimativa é de que podem gerados até 1.400 empregos, dos quais 350 diretos e 1.050 indiretos. Alckmin também comentou os aspectos que envolvem a obra. “Nós vamos tirar daqui 700 mil m3. de pedras, 500 mil m3. de terra, ou seja 1,3 mil m3. e rebaixaremos 2,4 metros em 10 quilômetros. Aí, mesmo com uma seca forte, a hidrovia não para. É uma segurança para quem precisa da hidrovia”, disse.
        O trecho da Hidrovia Tietê-Paraná no Estado de São Paulo é administrado pela Departamento Hidroviário do Estado de São Paulo (DH), vinculado à Secretaria de Logística e Transporte.
Em 2014, o trecho entre o Km 95,5 do reservatório de Três Irmãos e a eclusa inferior de Nova Avanhandava esteve interrompido devido à crise hídrica que afetou o Estado e prejudicou o transporte de mercadorias.
         Com o retorno das operações, a capacidade de transporte de cargas foi recuperado em 20 meses. Em 2016, foram transportadas  3,2 milhões de toneladas de produtos pelo trecho paulista. Os principais produtos transportados foram a areia, a cana-de-açúcar, a soja e o farelo de soja.
Dos R$ 203 milhões  que serão investidos na obra do Canal de Avanhandava, R$ 181,5 milhões são provenientes do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo estadual, e R$ 21,5 milhões do Governo do Estado.

Sete Brasil quer viabilizar contratos de afretamento de sondas com a Petrobras

       Em audiência realizada na terça-feira, 21, no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, a empresa Sete Brasil propôs retomar as negociações com a Petrobras para tentar viabilizar os contratos de afretamento de sondas para a estatal.
       A proposta vai ser avaliada pela diretoria da estatal, que terá um mês para informar se quer retomar as negociações ou não.
       A audiência de terça fez parte do processo de recuperação judicial da Sete Brasil, que entrou em crise desde que a Petrobras se negou a levar adiante o projeto de afretamento de 29 sondas para o pré-sal.
A estatal questiona, sobretudo, os valores previstos nos contratos, embora seja uma das sócias da Sete Brasil.
       O objetivo do encontro era promover uma mediação entre as duas, mas a Sete Brasil preferiu recorrer à negociação direta, sem intermediários.
       A empresa de afretamento tem pressa para chegar a um acordo com a Petrobras, porque, com o projeto suspenso, o dinheiro em caixa é escasso e sua sobrevida, curta.
       Para se manter de pé, cortou funcionários, vendeu móveis e computadores e reduziu o escritório, antes de três andares, a um pequeno ambiente onde se mantêm menos de 20 empregados.
       Já a Petrobras não tem pressa em chegar a um acordo com a Sete Brasil. Com a queda do preço do petróleo, iniciada em 2014, seus projetos de exploração perderam urgência.

Obras na Bacia de Evolução no Porto de Itajaí seguem a todo o vapor

         Com investimentos aproximados na ordem de R$ 105 milhões pelo Governo do Estado via Secretaria de Estado da Infraestrutura (SIE), as obras da primeira etapa dos novos acessos aquaviários (Bacia de Evolução) do Complexo Portuário de Itajaí “seguem a todo o vapor”. Constantemente supervisionada pela Superintendência do Porto de Itajaí, diretores das Gerências de Meio Ambiente e Engenharia, realizam visitas periódicas no canteiro de obras com a finalidade de acompanhar estudos topográficos, remoção de pedras nos molhes norte e transversais assim como sua remoção do local das obras, readequação dos molhes, retirada de guias correntes (Saco da Fazenda), acompanhamento operacional de dragagens (canal de navegação/Bacia de Evolução/atracação e manobra) nos molhes, controle e classificação do tamanho das pedras para reforço no molhe norte, manutenção do canteiro e limpeza da via de acesso, execução dos Programas Básicos Ambientais, entre outros serviços.
         “Estas obras de Reestruturação do Canal de Acesso Aquaviário e nova Bacia de Evolução estão sendo executadas pelas empresas contratadas e seguem atendimentos às licenças e controles ambientais. Temos um Programa de Comunicação Social onde a comunidade pode acompanhar as etapas e próximas ações ou intervenções que a obra poderá apresentar. Contamos ainda com um Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos do canteiro de obras e maquinários utilizados. Nossos programas de Educação Ambiental em parceria com os trabalhadores das empresas estão sendo fundamentais para estudantes de Escolas e acadêmicos de Universidades, que visitam as obras. Se constatarmos vazamentos de óleo, um controle de emergência com a operação de base operando 24 horas no Porto estará disponível. Também em atendimento a Legislação Ambiental, seguimos programas de monitoramento de ruídos de emissão de gases poluentes, dos equipamentos e maquinários operando no canteiro de obras assim como sua devida manutenção”, destacou a Gerente de Meio Ambiente da superintendência do Porto de Itajaí, Médelin Pitrez dos Santos.
         Desde que iniciaram as obras em março de 2016, diariamente equipes de serviço das empresas contratadas pela execução (TRIUNFO Engenharia) e fiscalização (PROSUL), cumprem diversas etapas de serviços nas obras de Reestruturação do Canal de Acesso Aquaviário do Complexo Portuário de Itajaí, com o objetivo de entregar as obras no prazo estipulado, em agosto de 2017, “O efetivo diário conta com o revezamento de 65 trabalhadores que dispõem de maquinários pesados para esta modalidade de serviço como: guindastes (02), retroescavadeiras (04), caminhões basculantes e pipa (04), draga (01) e balsa (01). Até o momento foram contabilizados 305 dias de trabalho no canteiro de obras”, certificou Ivan Amaral, Engenheiro da secretaria de Estado da Infraestrutura.
         De acordo com o Superintendente do Porto de Itajaí, Eng. Marcelo Werner Salles, visivelmente a obra pode ser acompanhada e a empresa vem realizando os serviços dentro dos seus cronogramas com o intuito de entregar no seu devido prazo, no transcorrer de 2017, “Estamos entusiasmados com o andamento da obra. Em seus conceitos gerais, trata-se de uma obra de grande porte. Ela vem mantendo se num ritmo de celeridade. Sabemos que tem seus contra tempos, como as condições do mar e operacionais, mas já é possível traçar uma definição e dimensão”, reforçou Salles.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Entra em vigor o Acordo de Facilitação de Comércio que deve gerar US$ 1 trilhão em negócios internacionais

         Um acordo global para agilizar o comércio exterior entrou em vigor hoje (22). De acordo com Organização Mundial do Comércio (OMC), 110 países, o que equivale a dois terços dos membros do organismo, confirmaram a adesão ao Acordo de Facilitação de Comércio (AFC), número necessário para que entre em vigor.
         A estimativa é que o acordo reduza os custos das operações comerciais em 14,3% em média e gere US$ 1 trilhão de comércio por ano. Desse total, US$ 730 bilhões serão gerados em países em desenvolvimento.
         Segundo o diretor-geral da OMC, Roberto Azevêdo, os procedimentos e os custos são maiores em países em desenvolvimento. “Nestes países há mais espaço para cortar custos e ganhar com a racionalização de procedimentos, com mais transparência e menos burocracia”, disse Azevêdo.
         O Acordo de Facilitação de Comércio (AFC) foi negociado na Conferência Ministerial da OMC em Bali em 2013. O AFC busca agilizar o processamento de mercadorias nas fronteiras. Sua entrada em vigor abre uma nova fase para reformas que simplificam e desburocratizam o comércio em todo o mundo, gerando impacto significativo para os fluxos de comércio exterior, explicou a OMC.
         O Brasil ratificou o AFC em março de 2016 e, portanto, faz parte do grupo inicial de 110 membros que garantiu a entrada em vigor do acordo.Segundo a OMC, todos os setores se beneficiam do acordo.        
         “Alguns, em particular, podem obter ganhos significativos, especialmente aqueles que dependem de agilidade adicional nas fronteiras, o que é o caso de produtos perecíveis (alimentos em geral, medicamentos) e produtos sensíveis à mudança de estações (setor de calçados, segmentos da moda)".
         “De forma geral, empresas que dependem de insumos importados também ganham com a maior agilidade e previsibilidade nas transações comerciais, além da redução de custos nas aduanas. Também ganham empresas integradas em cadeias globais de valor, ou com potencial para participar mais intensamente de fluxos globais de comércio”, acrescentou a OMC. 
         De acordo com a OMC, o Acordo de Facilitação de Comércio deve reduzir o tempo dos trâmites de exportação em até dois dias. Para as importações, a redução será de até um dia e meio. Isso representa uma redução de 91% e 47% respectivamente em relação ao tempo médio gasto nesses procedimentos.
         A OMC acrescentou que ao facilitar os trâmites aduaneiros, a implementação do AFC também deve ajudar novas empresas a participar no comércio exterior. Segundo a OMC, estimativas mostram que o número de exportadores nos países em desenvolvimento pode aumentar em até 20% quando o acordo estiver plenamente implementado.
         O AFC prevê que países em desenvolvimento e com menor desenvolvimento relativo possam definir seus cronogramas de implementação de acordo com sua capacidade e necessidades. Os países mais vulneráveis também poderão acessar os recursos necessários para cumprir com as reformas do acordo. A OMC criou o chamado "Mecanismo do Acordo de Facilitação de Comércio" para conectar doadores e beneficiários, divulgar informações e facilitar parceiras.
         Os países desenvolvidos se comprometeram a implementar todas as disposições do acordo a partir do início da sua vigência. Além do Brasil, mais de 100 outros membros da OMC ratificaram o Acordo de Facilitação de Comércio, como Estados Unidos,  a União Europeia, China,  o Paraguai, Uruguai, México, Peru, a  Coreia, Turquia, Índia, Rússia e o  Chile.
         Para Azevêdo, a tendência que o apoio ao acordo “cresça ainda mais, à medida que as reformas previstas nele sejam efetivamente implementadas e as vantagens se tornem ainda mais evidentes”.
“Representantes de todas as tendências políticas concordam que a burocracia ao comércio não é um bom negócio. Significa um peso desnecessário nos ombros dos empresários, aumenta os custos para o consumidor final e faz com que o governo aloque recursos de forma ineficiente, explicou.  “Essa lógica econômica fez com que mais de 110 países, incluindo os EUA, ratificassem o Acordo de Facilitação de Comércio da OMC”, acrescentou o diretor-geral da entidade, questionado sobre o discurso protecionista do presidente americano Donald Trump.
         O acordo define uma série de reformas na área de facilitação de comércio. A OMC destaca que ao longo de 12 artigos, o AFC determina medidas para aumentar a transparência, simplificar e harmonizar procedimentos, além de reduzir custos e dar mais previsibilidade ao comércio internacional.
Acesso à informação: O AFC estabelece a publicação das informações específicas relacionadas às exigências para a importação e a exportação (procedimentos, formulários, documentos, alíquotas, taxas, regras para classificação aduaneira, entre outros). Estas informações devem ser fornecidas na internet se possível. Os países também devem estabelecer pontos focais para esclarecer dúvidas e, de preferência, não devem cobrar os usuários por este serviço.
         Consultas prévias: O acordo também prevê que os países tenham um canal de diálogo com importadores, exportadores e outras partes interessadas para discutir propostas de normas relacionadas à liberação e ao desembaraço de mercadorias, assim como sobre a adoção de novas regras no setor aduaneiro.
         Pagamento eletrônico: O acordo encoraja a utilização de meios de pagamento eletrônico para o pagamento de taxas e encargos aduaneiros.
         Processamento pré-chegada: O acordo exige que os países adotem procedimentos que permitam o processamento de documentação das mercadorias antes de sua chegada às aduanas, visando a acelerar sua liberação quando chegarem.
         Coordenação de órgãos aduaneiros: O acordo prevê a coordenação e troca de informações entre os órgãos envolvidos no desembaraço de uma mercadoria, evitando duplicidade e atrasos. O acordo também estabelece a coordenação entre autoridades aduaneiras de dois países que compartilhem fronteira. Isto pode incluir, por exemplo, alinhamento dos horários de funcionamento das aduanas, compartilhamento de instalações, alinhamento de procedimentos e controles conjuntos.
         Janela única: O acordo prevê que, tanto quanto possível, os países estabeleçam um canal único para que as empresas apresentem a documentação exigida nos trâmites comerciais, evitando que a mesma informação tenha que ser submetida a diferentes autoridades de governo. Esta "janela única" deve ser informatizada.

Projeto de construção de um novo porto em Manaus não sai do papel

       Mesmo com o anúncio de início de obras em 2013, o projeto que pretende criar um porto moderno para as embarcações regionais que transportam cargas e passageiros na capital amazonense ainda segue sem previsão de conclusão. O Ministério dos Transportes diz que tenta a viabilização da obra.
       “Manaus e os municípios amazonenses situados às margens dos rios carecem de melhor infraestrutura portuária para atender esse segmento da sociedade. Um transporte de massa que precisa de melhorias.              
       Sabemos que a maior parte dos alimentos e suprimentos que são transportados via fluvial para os municípios do interior embarcam na Manaus Moderna. O local também atende, mesmo que sem infraestrutura, uma grande parcela dos passageiros que viajam para o interior do Amazonas ou chegam a capital nos barcos.
       A construção do Porto da Manaus Moderna é crucial para solucionar esse gargalo existe atualmente”, disse o presidente do Sindicato das Empresas de Navegação Fluvial no Estado do Amazonas (Sindarma), Galdino Alencar Júnior.
       Em 2010, o Departamento Nacional de Infraestrutura (Dnit) abriu concorrência pública para licitar e contratar a empresa responsável pela elaboração do projeto básico, do estudo de habilidade técnica, econômica e ambiental, além do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e do Relatório de Impacto Ambiental (Rima) para reforma do Porto do Roadway.
       As discussões sobre o projeto de construção de um moderno porto se arrastam desde 2011. Em 2015, o Dnit entregou o projeto à então Secretaria Especial de Portos (SEP). A SEP foi incorporada ao Ministério dos Transportes durante reforma ministerial no primeiro semestre de 2016 e passou a se chamar Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil.
       O projeto elaborado foi alvo de reclamações da Prefeitura de Manaus e de órgãos como o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Amazonas (CREA-AM) e do Instituto Municipal de Ordem Social e Planejamento Urbano (Implurb).
       O Ministério dos Transportes informou que projeto está sendo analisado por técnicos da Secretaria de Portos e ainda não há previsão do início das obras. O Governo Federal não divulgou se o processo licitatório para selecionar a empresa que irá construir o terminal portuário foi realizado. “O Ministério dos Transportes está avaliando a melhor forma de viabilizar os investimentos para o Porto Manaus Moderna”, disse em nota.
       Em 2015, o Dnit/AM chegou a informar que os recursos para construção do Porto da Manaus Moderna estavam assegurados na Lei Orçamentária Anual (LOA) 2015. A construção do porto para embarcações regionais está orçada em R$ 264.483.741,85.
       O projeto inicial do novo porto previa estacionamento 80 vagas externas para carros, 65 internas para carros e 57 para internas para caminhões. A área edificada de 5.444 m² terá um terminal de passageiros, um centro comercial com lanchonetes, lojas e bilheterias, áreas de apoio, restaurante panorâmico com varanda para o Rio Negro, terminal de cargas, vestiários, refeitórios, salas de espera, edifícios administrativos e fiscais.
       Ainda estava previsto um sistema naval de três módulos (pontes e flutuantes). Todos para passageiros e cargas. São 1.440 metros de atracação no flutuante e possibilidade de posição remota de aproximadamente 780 metros. O porto teria ainda pontes de estrutura metálica de 135 metros de comprimento, passarelas de pedestres cobertas.

Camargo Corrêa quer vender participação no Estaleiro Atlântico Sul

         A Camargo Corrêa, investigada na Operação Lava-Jato, está tentando vender vários de seus ativos no País. Em Pernambuco, a participação de 50% no Estaleiro Atlântico Sul (EAS) é um deles. Hoje a empresa divide meio a meio com a Queiroz Galvão a sociedade no empreendimento. A empreiteira quer dar foco na atividade imobiliária ao invés de se dedicar a segmentos de menos estratégicos.
       Assim como está acontecendo com outros ativos, os efeitos da Lava Jato estão emperrando a venda dos ativos. No caso do setor naval a situação se agrava pela crise na Petrobras (também por conta da operação da Polícia Federal), que colocou em xeque o Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef) da Transpetro. Isso porque a retomada da construção de navios no País estava ancorada no programa estatal.
       O desafio da Camargo Corrêa será convencer empreendedores interessados numa indústria que tenta se reestruturar no Brasil, depois de viver um longo período de dependência da Petrobras. No caso do Atlântico Sul, o estaleiro acumula uma dívida de R$ 2,5 bilhões e está tentando consolidar encomendas no mercado. Depois que a Transpetro cancelou a encomenda de sete navios com o EAS, por conta da Lava Jato e do programa de desinvestimento da Petrobras, a empresa foi ao mercado. Em dezembro do ano passado, o Fundo de Marinha Mercante (FMM) concedeu prioridade de apoio financeiro à Satco (empresa com braço em Cingapura) para aquisição de oito navios ao EAS.
       Com o negócio, o estaleiro terá um investimento de R$ 2,2 bilhões e garante carteira até 2020. O pacote também significa novo fôlego para os empregos no setor em Pernambuco, que fechou 3 mil vagas entre 2014 e 2016, por conta da crise na Petrobras. Além do cancelamento dos petroleiros, o EAS também perdeu a encomenda de sete navios sonda, que seriam utilizados na exploração do pré-sal. Na avaliação do mercado, diante de tantas adversidades será difícil a Camargo Corrêa encontrar interessados em comprar sua participação no EAS quando o setor está em baixa no País e outros empreendimentos navais também estão à venda.
       Por enquanto não se tem informação de interessados na compra do EAS, mas a Camargo Corrêa estava em conversas avançadas com a China Communications Construction Company (CCCC) em outro negócio, mas a transação emperrou na falta de segurança jurídica para evitar a herança das investigações da operação Lava Jato.
       A Camargo Corrêa sempre capitaneou as negociações para implantação do Estaleiro Atlântico Sul em Pernambuco. No início das negociações com o governo Federal, durante a gestão do ex-presidente Lula, o empreendimento chegou a ser chamado de Estaleiro da Camargo Corrêa. Depois a empresa se associou à Queiroz Galvão e a PJMR (grupo de empreendedores do setor naval do Rio, que foram minoritários no projeto e saíram).
        A coreana Samsung chegou a ser parceira tecnológica e a ter participação de 6% na sociedade, mas também deixou o negócio em 2012. Em seguida foi a vez do grupo japonês IHI Corporation entrar também como parceira tecnológica e sócia e atingiu 33% de participação acionária. Mas os constantes prejuízos do empreendimento e necessidade da realização de vários aportes por parte dos acionistas provocaram a fuga dos asiáticos.
         Após tentar implantar um plano de reestruturação no EAS e de executivos japoneses ocuparem cargos de direção, a IHI decidiu abandonar o negócio. O estopim foi a necessidade de investir R$ 500 milhões em 2015 e R$ 340 milhões em 2016 para aumentar o capital social do EAS.

Primeiro estaleiro de reparo de grande porte do país começará a ser construído em 2018

         O primeiro estaleiro de reparo de grande porte no país iniciará as obras de construção em 2018. O projeto tem a prioridade de financiamento aprovada pelo Fundo da Marinha Mercante (FMM) e Licença Prévia expedida pelos órgãos competentes.
         Os investidores da Brasil Basin Drydock começam a dar forma definitiva ao projeto de construir um estaleiro de grande porte exclusivamente para reparos no município de Lucena, na Paraíba. O investimento estimado para erguer a Empresa de Docagens Pedra do Ingá (EDPI) é de R$ 2,8 bilhões, dos quais R$ 2,15 foram aprovados pelo Conselho Diretor do FMM.
        Para complementar os investimentos, os empreendedores estudam as condições de financiamento da Sudene e do Banco do Nordeste. E negociam com o BNDES, Banco do Brasil e Caixa Econômica as condições contratuais para o financiamento via FMM. O BNDES é o agente financeiro mais provável.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Cuba fecha acordos de navegação marítima e fluvial com quatro estados norte-americanos

       O governo de Cuba fechou acordos com quatro estados norte-americanos, que deverão levantar barreiras econômicas, comerciais e financeiras entre os dois países. A autoridade portuária de Cuba de Havana selou alianças com portos de Pascagoula e Gulfport, no Mississipi, depois de já ter estabelecido parcerias semelhantes com o Alabama, Luisiana e Virginia, estimulando o intercâmbio e abrindo novas oportunidades de negócios.
        Os acordos foram firmados na capital cubana, Havana, pela diretora de Política Comercial com a América do Norte, do Ministério de Comércio Exterior e Investimentos Estrangeiros do país caribenho, Maria de La Luz Hamel. Segundo ela, "as perspectivas são amplas devido a proximidade geográfica e as excelentes vias marítimas e fluviais existentes ligando as regiões abrangidas.
        "As possibilidades que identificamos nesses primeiros passos apontam para novas etapas que podem resultar no levantamento do bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto por Washington a Cuba", avaliou ela. Hamel disse ainda que as alianças firmadas proporcionarão ganhos para as duas nações.
       O último acordo, fechado nesta semana, foi ratificado pelo diretor geral da Administração Nacional de Portos de Cuba, Manuel Pérez Guerra, e pelos representantes dos terminais de Pascagoula e Gulfort, Mark McAndrews e Jonathan Daniels. Em entrevista à Radio Havana, McAndrews declarou que a aliança permitirá consolidar vínculos que já existiam de modo irregular há mais de dez anos. 
         "Centenas de milhares de toneladas de produtos florestais, construção, avícola e outros foram levados de Cuba para os Estados Unidos nos últimos anos irregularmente", destacou o executivo norte-americano. Ele considerou a aliança firmada um avanço e um contraponto ao cancelamento, recentemente, dos acordos de Havana com os portos de Everglades e Palm Beach, por determinação do governo da Flórida.

Bovespa atinge maior nível em seis meses, com alta de 1,16%

         Num dia de ganhos no mercado financeiro, a bolsa de valores teve forte alta e atingiu o maior nível em seis anos nesta segunda-feira, 20. O índice Ibovespa, da Bolsa de Valores de São Paulo, encerrou com alta de 1,16%, aos 68.533 pontos. Esse é o valor mais alto desde 8 de abril de 2011 (68.718 pontos).
        As maiores altas ocorreram nas ações da mineradora Vale, que saltaram 6,93%, e da Bradespar, grupo que tem participação na mineradora, que subiram 16,62%. Hoje, a Vale anunciou que pretende pulverizar o controle da empresa entre vários acionistas, em vez de concentrá-los na holding Valepar, que será extinta em novembro.
        No mercado de câmbio, a moeda norte-americana caiu depois de duas altas seguidas. O dólar comercial encerrou o dia vendido a R$ 3,089, com queda de 0,14%. O dia teve pouco movimento por causa do feriado do dia dos presidentes, nos Estados Unidos.

Projeto na Câmara Federal fixa prazo de 25 anos para contratos portuários

        Um projeto tramita na Câmara dos Deputados fixando prazo de 25 anos para os contratos de concessão e arrendamento de portos e instalações portuárias. Esse prazo poderá, a critério do poder concedente, ser prorrogado por qualquer período, até atingir o prazo máximo total de 50 anos.
        A medida está prevista no Projeto de Lei 5349/16, do deputado Edinho Bez (PMDB-SC), que acrescenta um parágrafo à Lei dos Portos (12.815/13). A parte que tratava de prazo na lei foi vetada em 2013 pela então presidente Dilma Rousseff. O texto original da lei previa concessão e arrendamento por 25 anos, permitida a prorrogação uma única vez até atingir o prazo máximo de 50 anos.
         Com o veto, coube ao Decreto 8.033/13, que regulamenta a Lei dos Portos, estabelecer o prazo de até 25 anos para tais contratos, prorrogável uma única vez por período não superior ao originalmente contratado. Edinho Bez apresentou o PL 5349/16 por não concordar com a restrição à prorrogação.
        “O engessamento da regra pode trazer prejuízos para a União e para os parceiros privados, uma vez que não leva em conta as possíveis mudanças de cenário no momento da renovação. O melhor é deixar que as partes definam, no momento da renovação e diante das condições apresentadas na época, o prazo que melhor atenda ao interesse público”, explica.
        Ainda segundo ele, o prazo deve ser tratado na Lei dos Portos, onde houve o dispositivo vetado, e não no decreto de regulamentação. “Essas regras devem estar consignadas em lei para evitar que assunto de tal magnitude fique vulnerável a decisões governamentais de momento”, justifica. O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Viação e Transportes; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fretes marítimos de contêineres podem ter preços consultados na internet

         Os fretes marítimos de contêiner podem ter seus preços consultados na internet por qualquer pessoa, sem qualquer tipo de cadastro. Mandar um contêiner cheio de 20 pés do Porto de Roterdã, Holanda, o mais importante da Europa, para Santos, hoje sairia US$ 162 (cerca de R$ 495). Já de Xangai (China) para o principal porto do Brasil, o valor desse mesmo tipo de contêiner ficaria em US$ 1,6 mil (cerca de R$ 5,8 mil).
         As informações sobre os valores dos fretes foram disponibilizadas pela Gurucargo.com, uma start-up que compara preços de fretes marítimos entre várias empresas, semelhante ao Decolar.com para passagens aéreas, mas que até agora fazia o trabalho em plataforma fechada.
         Somente quem era cadastrado pela companhia e tinha sua identidade validada recebia a informação sobre as melhores tarifas para fazer o transporte. Os proprietários da empresa, que tem sede no Uruguai, decidiram abrir as pesquisa para qualquer pessoa, mesmo sem nenhum tipo de cadastro no site. A empresa opera no Brasil novembro.
         Na pesquisa, é possível consultar por tipo de contêiner (20 ou 40 pés) e ainda o preço se o cliente quer enviar uma carga num contêiner compartilhado. Nessa opção, é necessário digitar peso e dimensão do material. A plataforma informa na consulta aberta o prazo estimado para a entrega da mercadoria. Para os clientes que se registram, são oferecidos outros serviços.
         Os preços informados podem ser os que a Gurucargo negocia com as transportadoras ou os valores que grandes companhias de navegação estão ofertando naquele dia. Essas companhias podem ser contratadas diretamente, sem a necessidade de passar pela plataforma.
         Para os importadores, há opções de frete dos principais portos do mundo para os maiores terminais portuários do país. Mas o site dá poucas opções para quem quer exportar do Brasil. De Santos, por exemplo, só havia a opção de enviar de enviar contêiner para o porto mexicano de Vera Cruz.
         Os valores do frete são uma dor de cabeça para empresas que precisam importar ou exportar por serem mundialmente tratados como segredo entre as companhias que fazem o transporte, que também não deixam claro todos os custos incluídos.
         Andres Israel, um dos sócios da companhia, diz que ela passa a ser a primeira plataforma aberta no mundo para esse tipo de consulta e que o acesso democrático às tarifas de frete marítimo pode impactar na economia de todo o sistema de comércio.
         "Qualquer importador ou exportador que esteja negociando suas cargas internacionais vai poder conhecer em tempo real se está pagando o preço justo ou não", disse Israel. Para o sócio da companhia, o mercado de frete vai aos poucos assimilar que o futuro da indústria está na informação transparente: "Assim como aos poucos os taxistas vão entendendo que modelos como o Uber são o futuro do transporte, nós pensamos que nosso mercado vai entender que a empresa é o futuro das cargas internacionais".

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

União Europeia corre risco de vida, adverte José Roberto Mendonça de Barros


        A Europa está crescendo e deverá ter um ano razoável em 2017. Entretanto, nunca foi tão claro que o projeto europeu e, em especial, o euro correm sério risco de vida. A avaliação é do economista José Roberto Mendonça de Barros.
        Segundo ele, a emergência de um nacionalismo antiglobalização na França, na Holanda, na Hungria e em outros países contesta o arranjo europeu. Na mesma direção vão a negociação da saída do Reino Unido da Comunidade Europeia e o novo governo da Polônia. O euro está mesmo mal e por boas razões, econômicas, financeiras e geopolíticas, explica.
        A mãe de todas as críticas, admite, é totalmente procedente: apenas a Alemanha se beneficia mesmo dos acordos europeus. "Embora haja algum exagero nessa afirmação, pois países como Espanha passaram por uma grande transformação e hoje são desenvolvidos, é verdade que a Alemanha abocanhou a maior parte dos benefícios resultantes dos novos acordos", destaca Barros.
        De 1998 a 2016, o PIB per capita da Alemanha cresceu 26%, o da Espanha, 20%, o da França, 16% e o da Grécia, 3%, Mas a Itália viu seu PIB per capita cair 2% no mesmo período, compara o economista.

Temer diz que participação do agronegócio brasileiro no mercado mundial chegará a 10% em cinco anos

         O presidente Michel Temer manifestou-se hoje (20) otimista com o impulso que o setor agrícola do país poderá dar para a retomada do crescimento econômico, a partir de medidas de incentivo como o processo de desburocratização. Ele acredita que a participação dos negócios no mercado mundial deverá aumentar acima da meta, que é a de passar de 7% para 10% em cinco anos. O presidente participou da cerimônia de lançamento do Plano Agro+SP, no World Trade Center, na zona sul da capital.
         Falando a uma plateia de representantes do agronegócio, Temer reagiu aos que cobram atitudes mais pragmáticas do governo federal contra a crise econômica. Ele afirmou que, ao iniciar a gestão, e nos últimos nove meses, encontrou um ambiente de “fortíssima recessão” e que o primeiro passo foi sair dessa condição.
         Para demonstrar esse avanço, o presidente lembrou que a “Petrobras estava no fundo do poço, mas que seu valor de mercado está 145% maior” e que ações de outras estatais também se valorizaram. Além disso, destacou o resultado favorável da gradual queda da inflação, com a taxa chegando ao menor nível em 20 anos em janeiro, e com tendência de atingir variação abaixo de 4,5%, portanto com chance de ficar abaixo do teto da meta. Em consequência, a situação converge para que a taxa básica de juros (Selic) continue caindo e favorecendo “o resgate da confiança” e dos investimentos, acrescentou.
         “Somos um governo reformista. Queremos um país entrando nos trilhos”, disse Temer. Ele disse que, para levar o Brasil ao crescimento econômico, são necessárias medidas de controle de gastos públicos. Segundo o presidente, nesse curto espaço de tempo, já foi alcançada uma redução no déficit público, que passou de R$ 170 bilhões para R$ 140 bilhões. Temer reconhece, no entanto, que o saldo negativo ainda é alto e precisa ser combatido. Nesse sentido, considera essencial a continuidade do encaminhamento de mudanças estruturais.
         Ele afirmou que a reforma na área de educação vai devolver a qualidade do ensino. Quanto às demais reformas, como a da Previdência, disse que estará empenhado em implementá-las. O presidente procurou desfazer comentários da oposição, que, segundo ele, diz aos trabalhadores: “estão roubando os seus direitos". "Não é nada disso”, afirmou Temer, ao garantir que não se mexerá em direitos adquiridos.
         O presidente foi bastante aplaudido ao defender a redução da carga tributária. Também informou que pretende dar um empurrão na reforma política “Se conseguir fazer isso, me darei por satisfeito.”
Ele reafirmou que o desenvolvimento agrícola está entre as prioridades do governo e anunciou a intenção de participar da Agrishow, o maior evento do setor, que ocorre em Ribeirão Preto, no interior paulista.  Segundo Temer, a agricultura tem sido a principal abordagem em todas as conversas com os outros países.
         Presente ao evento, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, disse que é intenção do governo ampliar as negociações com o México, aproveitando o espaço deixado pela política do novo presidente norte-americano, Donald Trump. O Agro+ SP faz parte da política do Ministério da Agricultura para incentivar as exportações. No ano passado, as vendas externas do agronegócio paulista atingiram R$ 17,92 bilhões, com alta de 12,8% sobre 2015. Entre os setores em alta estão o complexo sucroalcooleiro, carnes, sucos, produtos florestais e complexo de soja.
         São Paulo é o segundo estado a contar com o plano, o Agro+ estadual. O primeiro foi o Rio Grande do Sul e o próximo será Rondônia, que tem lançamento programado para 13 de março. O Distrito Federal está com lançamento agendado para a segunda quinzena de maio, durante a feira AgroBrasília. Os estados de Mato Grosso, Pernambuco, do Rio Grande do Norte, da Bahia, do Rio de Janeiro e de Goiás já demonstraram interesse ou estão com seus planos avançados.
         O objetivo é desburocratizar as atividades, reduzindo os custos de produção e ampliando o fluxo de negócios. O ministro da Agricultura informou que a pasta recebeu até agora 400 demandas, das quais já foram atendidas em torno de 300. Entre as demandas está a questão de rótulos de produtos que exigiram a presença física dos empreendedores para a liberação. Agora, a tramitação dos pedidos e da autorização ocorre por meio de um programa online.
         O ministro lembrou que outra demanda é quanto à temperatura interna dos alimentos embalados que tinham de ser mantidos a 18 graus negativos. Agora, passou a ser adotado o padrão de outros países, baixando para 12 graus negativos.

Possibilidade de movimentar soja provoca polêmica em Itajaí

         O prefeito de Itajaí, Volnei Morastoni (PMDB), reafirmou que pretende abrir os berços 3 e 4 do porto local à operação de carga geral, não conteinerizada. Contudo, a possível vinda da soja, ensaiada no governo anterior, divide opiniões.É  consenso que o complexo do norte catarinense precisa incrementar a movimentação após ter perdido metade das linhas, em 2015. Mas há preocupação sobre os impactos desse tipo de operação.
         Primeiro, pelo valor agregado. Commodities rendem menos ao porto do que contêineres. Além de os grãos ocuparem um espaço valioso, podem inviabilizar o transporte de outras cargas _ como veículos, por exemplo. Há ainda a questão do trânsito. Em época de safra, o volume de caminhões carregados de soja nas ruas de Itajaí tende a atrasar o fluxo dos contêineres.
         "A médio prazo, entendo que não é uma operação interessante para Itajaí. Podemos perder nossa principal carga, que é o contêiner. E isso seria uma tragédia", diz o vereador Robison Coelho (PSDB), que é portuário. Outra preocupação em relação à soja diz respeito à sujeira que ela deixa pelo caminho _ e se é possível evitá-la.
        No Porto de Paranaguá (PR) a prefeitura teve que instituir multa para caminhões que sujam a cidade. Mas as reclamações continuam, especialmente em relação ao cheiro. O que seria um problema em Itajaí, que tem o porto tão próximo de área residencial.
       Uma maneira de democratizar a decisão sobre a operação de soja no Porto de Itajaí é através de uma audiência pública, com apresentação de prós e contras. Uma decisão conjunta seria bem mais sensata, entendem diversos usuários.

Porto de Cabedelo embarca 13 mil toneladas de minério ilmenita para a Europa

         O Porto de Cabedelo, na Paraíba, conclui uma importante operação nos próximos dias, embarcando para a Holanda e para a França, ilmenita, minério extraído no Estado. O Navio African Joseph R, de bandeira grega, atracou no terminal para levar para os dois países o produto extraído no município de Mataraca, Litoral Norte paraibano.
        O navio vai entregar parte da carga em Rotterdam, na Holanda, e tem destino final no Porto de Thann, na França. Ilmenita (FeTi02) é o mineral de titânio de ocorrência mais comum e abundante. É utilizado como pigmento nas indústrias de tinta, papel, plástico, boracha, fibras, vernizes, próteses ósseas, implantes dentários, instrumentos cirúrgicos, entre outros.
         O minério apresenta-se na cor preta do ferro. Cerca de 88% da produção mundial de titânio é obtida da ilmenita. No Brasil os principais municípios produtores são: Mataraca (PB); São Francisco de Itabapoana (RJ) e Santa Bárbara de Goiás (GO). Em 2016, ocorreram alguns embarques do minério ilmenita para a Europa. Dezenas de trabalhadores portuários participam da operação de embarque das 13 mil toneladas de ilmenita.

Armadora Hanjin, da Coréia do Sul, declara bancarrota

         A Hanjin Shipping, maior companhia de navegação da Coreia do Sul, declarou bancarrota. O anúncio foi feito na última sexta-feira sexta-feira.
       O armador, que chegou a ser a sétima maior empresa do setor no mundo, tentará agora avançar com a liquidação total dos ativos para conseguir compensar alguns dos credores.
       Em agosto do ano passado, os próprios credores rejeitaram resgatar o grupo sul-coreano que tinha uma dívida de 5 mil milhões de euros. Nesta altura, há barcos da Hanjin Shipping ancorados em portos de todo o mundo à espera de ser vendidos.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

ABTP diz que portos podem se recuperar em 2017 com pequenos ajustes

         O setor portuário brasileiro movimentou no ano passado 998 milhões de toneladas. O número aponta um decréscimo de 1% em relação a 2015, segundo o Anuário Estatístico Aquaviário 2016 da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). “Os portos recuaram menos que o PIB brasileiro e mostram como são centrais no processo de recuperação da economia brasileira”, afirma o diretor-presidente da Associação Brasileira dos Terminais Portuários (ABTP), Wilen Manteli.
         Dado do Banco Central mostra que o PIB brasileiro recuou 4,35% no ano passado. “Os portos podem ser uma poderosa alavanca de desenvolvimento, com vultosos investimentos, gerando empregos e renda, se o país reduzir a excessiva presença do Estado no setor”, aposta Manteli.
         Desde outubro de 2016, entidades empresariais do setor portuário têm debatido com o Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil (MTPAC) medidas que poderiam destravar R$ 25 bilhões no curto e médio prazos. Pelos cálculos da ABTP, são R$ 13 bilhões em novos arrendamentos, R$ 4 bilhões nas prorrogações e adaptações de contratos, R$ 6 bilhões em novos terminais privados e R$ 2 bilhões em investimentos de infraestrutura comum que podem se tornar mais ágeis com capital privado.
         As primeiras medidas mapeadas pelas entidades têm foco no curto prazo. Elas sugerem mudanças no marco infralegal do setor, com a revisão do decreto 8.033, de 2013, que regulamentou a Lei dos Portos. “São ações simples e de rápido impacto que vão aumentar a eficiência das operações portuárias, fomentar investimentos privados nos terminais portuários e melhorar a eficiência na gestão dos portos organizados”, explica o diretor-presidente da ABTP.
         Para a associação, a rigidez regulatória sobre o setor portuário faz com que o país perca investimentos, aproveite mal os ativos públicos, conduza processos licitatórios inadequados, impeça a expansão de terminais e enrijeça a expansão de áreas nos portos.
         Além disso, o excesso de burocracia e de intervenção estatal nos portos imprime pouca flexibilidade para adaptações simples a contratos de arrendamento, não permite reorganização eficiente da área dos portos, torna lenta a emissão de documentação e priva o setor de mecanismos para investimentos na infraestrutura comum.
         “Não estamos demandando recursos. O que pedimos é a reorientação das políticas do setor para que essas se tornem a favor da livre iniciativa, liberalizante e pragmática. É disso que o Brasil precisa neste momento de crise”, explica Manteli.
         Para a ABTP, é certo que os portos avançaram muito, principalmente a partir de 1993. O marco regulatório do setor vigente, a Lei n. 12.815, de 2013, também trouxe conquistas. O anuário da Antaq divulgado ontem mostra, por exemplo, o papel importante dos terminais de uso privado, que movimentaram 66% das cargas no país no ano passado - os portos organizados ficaram com 34%.
         Em relação às mercadorias, o levantamento da Antaq destaca os minérios, com 418 milhões de toneladas movimentadas, aumento de 2,7% na comparação com 2015. Também houve aumento na movimentação de açúcar (9,2%), adubos (19,3%) e celulose (31,3%). O ponto negativo foi a movimentação de cereais (grupo que inclui o milho), com queda de 30,6%.

CSN pode vender sua participação na Ferrovia Transnordestina para grupo chinês

         A CSN, de Benjamin Steinbruch, deu início a conversas com a chinesa China Communications Construction Company (CCCC), maior estatal de infraestrutura da China, para vender uma parte ou mesmo toda sua participação na Transnordestina, apurou o ‘Estado’. As conversas entre as duas companhias ainda estão no início, mas reacendeu uma discussão em Brasília, que busca uma alternativa urgente para dar prosseguimento às obras, inclusive sem a participação de Steinbruch, dizem fontes a par do assunto.
         Apesar do esforço do governo em sinalizar que a sociedade da estatal Valec com a CSN seguirá adiante, o fato é que as possibilidades de a empresa de Steinbruch seguir no negócio são mínimas. A relação entre os sócios já acumula anos de desgaste, mas a pá de cal foi dada com a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU), que no mês passado determinou a paralisação de repasse financeiro para o projeto, até que se resolva uma série de irregularidades graves que pairam sobre a obra.
         A Transnordestina - ferrovia projetada para ligar o Porto de Pecém, no Ceará, ao Porto de Suape, em Pernambuco, passando pelo Piauí - está orçada em R$ 11,2 bilhões, dos quais R$ 6 bilhões já foram aportados, boa parte com dinheiro público.
         Nesta quinta-feira, uma comitiva liderada pelo ministro dos Transportes, Maurício Quintella, foi ao gabinete do ministro do TCU, Walton Alencar Rodrigues, relator do processo no tribunal, para discutir uma saída que destrave as obras. A reunião teve ainda a presença de representantes dos governos de Pernambuco, Ceará e Piauí, além do presidente interino da Valec, Mario Modolfo.
         Segundo fontes do Palácio do Planalto, o governo está até disposto a tocar a obra sozinho. O problema é viabilizar isso. Um imbróglio societário dificulta os planos porque a Valec é sócia da CSN na Transnordestina Logística S.A (TLSA), ou seja, a Valec não atua como empresa pública, mas como parte de uma concessionária que é alvo dos questionamentos do TCU.
         A CCCC esteve em Brasília para falar do interesse na Transnordestina e em outros projetos de infraestrutura. A companhia mantém conversas com Steinbruch há alguns meses. A ofensiva chinesa, no entanto, não empolga tanto o governo. A CCCC não trouxe nenhuma sinalização concreta de que como deve entrar na sociedade.
         Em novembro, a gigante asiática comprou 80% da Concremat e está em negociações avançadas para tocar o projeto de porto intermodal da WTorre, no Maranhão. Em recente entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, a WTorre não quis comentar o assunto.
         Com dívida líquida de R$ 23,4 bilhões no terceiro trimestre, a CSN decidiu colocar, há alguns meses, ativos não estratégicos à venda. Até agora, porém, só se desfez de ativos menores.
Procurada, a CSN não comentou. A CCCC não retornou os pedidos de entrevista.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

DC Logistics recebe prêmio como melhor agente de cargas do mundo



Mais uma semana de comemoração na DC Logistics Brasil. Após completar 23 anos de atuação no agenciamento de cargas e logística integrada no dia 3 de fevereiro, a organização foi reconhecida mais uma vez internacionalmente através de dois prêmios: melhor agente do mundo e melhor agente da América Latina em 2016 pela World Cargo Alliance.
A WCA World foi fundada em 1998 e é a maior rede de agentes de carga independentes do mundo. Atualmente conta com 6.341 escritórios membros, mais de 2 mil agentes, em 190 países.
“Fomos seis vezes premiados como melhor agente do mundo e oito vezes premiados como melhor agente da América Latina pela WCA World. Esses prêmios confirmam que trabalhar com ética, transparência, responsabilidade e respeito às pessoas é e sempre será o melhor caminho para o sucesso”, relatou o Diretor da DC Logistics Brasil, Guilherme Mafra.
Com dez escritórios no país, a empresa cresceu 7% em 2016. Localizada estrategicamente em todo território nacional, a DC Logistics Brasil é reconhecida pela qualidade do serviço, da equipe e pela excelência no transporte de cargas internacionai. A empresa contabiliza também 13 prêmios nacionais da Infraero. Em 2016, foi premiada com seis troféus:   
                 Agente de Carga Destaque e ganhadora dos segmentos Têxtil, Metal-Mecânico, Equipamentos e Instrumentos Médicos-Farmacêuticos, referente aos Aeroportos da Região Sul.
                Vencedora nos segmentos Equipamentos e Instrumentos Médicos-Farmacêuticos e Químicos, em relação ao Aeroporto Afonso Pena.
         Em 2015, a empresa também foi destaque nos Aeroportos da Região Sul na premiação, como o Agente de Carga Destaque e vencedora em quatro categorias: Têxtil, Metal-Mecânico, Equipamentos e Instrumentos Médicos-Farmacêuticos e Diversos.
         Para o Aeroporto Afonso Pena, foi premiada na categoria Equipamentos e Instrumentos Médicos-Farmacêuticos e Diversos. Em 2014, ganhou troféu no segmento Equipamentos e Instrumentos Médicos-Farmacêuticos pelos trabalhos no Aeroporto Afonso Pena.