terça-feira, 31 de outubro de 2017

Santos bate recorde nas operações de contêineres em setembro

         O Porto de Santos bateu um novo recorde de movimentação mensal de contêineres em setembro, ao operar 360.281 TEU (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés). O total aponta um crescimento de 13,2% sobre o resultado do mesmo mês do ano anterior, que foi de 318.292 TEU, e evidencia uma retomada da economia, segundo especialistas.
         A marca também é uma boa notícia para a região, ao indicar um início da recuperação das operações de contêineres – que tendem a gerar mais serviços e postos de trabalho do que a movimentação de cargas a granel, por exemplo.
         “Certamente esse número relativo à movimentação recorde de contêineres, que tradicionalmente carregam cargas de alto valor agregado, mercadorias industrializadas, aponta uma recuperação da economia”, afirmou o presidente da Federação Nacional de Operadores Portuários, o consultor portuário Sérgio Aquino.
         O especialistas ainda destaca que o aumento nessas operações é “positivo para a região, pois essa atividade gera bom reflexos no complexo portuário. A principal geração de empregos e riquezas nos portos está na operação de contêineres. É a atividade que mais gera serviço e mais demanda profissionais”. 
         O recorde é destaque no balanço operacional de setembro do Porto de Santos, elaborado por técnicos da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), a Autoridade Portuária, e divulgado pela empresa nesta quinta-feira (26). A marca anterior, de 360.132 TEU, foi registrada em julho de 2015.
         No acumulado do ano, segundo o levantamento da Docas, os terminais do Porto escoaram 2,82 milhões de TEU, 6,4% a mais do que os 2,65 milhões de TEU registrados nos primeiros nove meses do ano passado.
         O balanço da Codesp também aponta que, em setembro, o Porto ultrapassou, pela terceira vez neste ano, a marca mensal de 12 milhões de toneladas. No total, foram 12.243.774 toneladas, o segundo melhor movimento mensal de sua história. O primeiro foi o do mês anterior, com 12.342.511 toneladas. 
         O resultado indica uma alta de 23,6% sobre setembro do ano passado (9.906.676 toneladas) e ampliou o movimento acumulado em 2017 para 97.683.917 toneladas – 10,3% a mais sobre o mesmo período de 2016. Esse crescimento levou os técnicos da Companhia Docas a corrigir para cima suas expectativas em relação à movimentação do ano, que deve ultrapassar com folga o recorde anual registrado em 2015 (119.931.880 toneladas).
         As exportações no mês somaram 8.977.803 toneladas, 30,8% superior aos embarques ocorridos no mesmo período do ano anterior (6.865.682 toneladas). No acumulado do ano, foram 71.094.523 toneladas, uma alta de 9,3% sobre o mesmo período de 2016 (65.042.296 toneladas).
As importações totalizaram 3.265.971 toneladas, 7,4% a mais do que no mesmo mês do ano passado (3.040.994 toneladas). Já os desembarques acumulados no ano ficaram em 26.589.394 toneladas, um acréscimo de 13,2% no total obtido de janeiro a setembro do ano passado (23.486.092 toneladas).
         Entre as cargas mais movimentadas em setembro, o milho é o destaque. Foram 2.733.380 toneladas, ficando 93,6% acima do registrado no mesmo mês de 2016 (1.411.555 toneladas). As exportações do complexo soja (grãos e farelo) também desempenharam papel importante, somando 524.963 toneladas, uma alta de 147,4%. Essa ampliação foi motivada, principalmente, pelo bom desempenho do farelo de soja a granel que teve um crescimento de 96,4%.
         Apresentaram aumento, ainda, os embarques de açúcar (6,6%), álcool (51,6%), carnes (41,5%) e sucos cítricos (13,2%), bem como as descargas de sulfato dissódico (57,6%), nafta (396,3%), metanol (38,3%), sal (16,4%) e soda cáustica (2,4%).
         O tráfego de navios, no ano, chegou a 3.635 embarcações, 1,1% acima do que o contabilizado no ano anterior (3.596). Já a participação das cargas movimentadas no Porto de Santos na corrente de comércio brasileira, segundo dados do Governo Federal, atingiu 28,1% (US$ 77,6 bilhões) do total Brasil (US$ 275,9 bilhões) nos primeiros nove meses do ano.

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